Opinião

Goiás pode mais

Diário da Manhã

Publicado em 3 de agosto de 2018 às 00:13 | Atualizado há 6 anos

O Es­ta­do de Go­i­ás, ho­je com um PIB [Pro­du­to In­ter­no Bru­to] de R$ 202 bi­lhões, po­de mais. É fun­da­men­tal pro­mo­ver o cres­ci­men­to. Com o de­sen­vol­vi­men­to sus­ten­tá­vel. Fun­da­do no agro­ne­gó­cio. Com a uti­li­za­ção de tec­no­lo­gi­as de úl­ti­ma ge­ra­ção. Vol­ta­do pa­ra ex­por­ta­ção de com­mo­di­ti­es e no abas­te­ci­men­to do mer­ca­do in­ter­no. As­sim co­mo na evo­lu­ção sis­te­má­ti­ca do se­tor se­cun­dá­rio da eco­no­mia. O in­dus­tri­al. Além de in­cre­men­tar o ter­ci­á­rio: se­tor de ser­vi­ços.

Uma das pri­mei­ras eta­pas de­ve ser a da re­du­ção dos gas­tos pú­bli­cos. A ideia é li­qui­dar o dé­ficit. Não há ou­tro ca­mi­nho. É di­mi­nu­ir o ta­ma­nho do Es­ta­do. Ho­je, co­los­sal. O ma­mu­te es­tatal con­so­me em cus­teio, ma­nu­ten­ção da má­qui­na, des­per­dí­ci­os, cor­rup­ção, fo­lha de pes­so­al gorda fa­tia do or­ça­men­to ge­ral. Di­nhei­ro ar­re­ca­da­do dos im­pos­tos. Do ca­pi­tal e dos tra­balhadores. Dos con­tri­buin­tes. Sem pres­tar ser­vi­ços pú­bli­cos de ex­ce­lên­cia. Sob câ­no­nes da qua­li­da­de.

O sis­te­ma de tran­spor­tes de car­gas e de pas­sa­gei­ros he­ge­mô­ni­co é ul­tra­pas­sa­do. Re­fém de mo­no­pó­li­os. Das in­dús­tri­as au­to­mo­bi­lís­ti­cas. Ne­nhu­ma de ca­pi­tal na­ci­o­nal. Das de pneus, au­to­pe­ças, em­prei­tei­ras. Com uma ma­lha ro­do­vi­á­ria su­ca­te­a­da. Sem se­gu­ran­ça. Ve­jam os nú­me­ros es­tra­tos­fé­ri­cos de rou­bos de car­gas nas es­tra­das do Pa­ís. É mais do que ur­gen­te a ne­ces­si­da­de de ins­ta­la­ção, de nor­te a sul, de no­vos mo­dais. O Fer­ro­vi­á­rio e o Hi­dro­vi­á­rio.

Re­for­mas de Es­ta­do cons­ti­tu­em me­di­das ur­gen­tes. Co­mo a Tri­bu­tá­ria e Fis­cal. Pa­ra re­du­zir a car­ga. Uma das mai­o­res da eco­no­mia glo­ba­li­za­da. Mais: sim­pli­fi­car a co­bran­ça. De­so­ne­rar a pro­du­ção. Es­ti­mu­lar o fim da so­ne­ga­ção. For­ma­li­zar a eco­no­mia. O mer­ca­do de tra­ba­lho in­for­mal ou in­vi­sí­vel en­vol­ve 37 mi­lhões de tra­ba­lha­do­res. O que po­de­ria sal­var a Pre­vi­dên­cia So­ci­al, ho­je, no ano de 2018, no sé­cu­lo 21, em uma si­tu­a­ção de in­sol­vên­cia. Pré-fa­li­men­tar.

A Re­for­ma Po­lí­ti­ca é in­dis­pen­sá­vel. Pa­ra aca­bar com a far­ra de cri­a­ção de par­ti­dos po­lí­ti­cos. Boa par­te, le­gen­das de alu­guel. Si­glas que ape­nas abo­ca­nham o Fun­do Par­ti­dá­rio. Os tem­pos no rá­dio e na te­le­vi­são pa­ra en­gor­dar cam­pa­nhas ma­jo­ri­tá­rias. Em tro­ca do vil me­tal. Não há ta­ma­nha di­ver­si­da­de po­lí­ti­ca, ide­o­ló­gi­ca, cul­tu­ral e re­gi­o­nal que jus­ti­fi­que a exis­tên­cia de 37 le­gen­das e 57 pe­di­dos de le­ga­li­za­ção de par­ti­dos em tra­mi­ta­ção no Tri­bu­nal Su­pe­ri­or Elei­to­ral.

– É o Bra­sil que so­nho, acor­da­do.

 

(Her­mes Tral­di, en­ge­nhei­ro agrô­no­mo, gra­du­a­do na USP, 63 anos, ra­di­ca­do em Go­i­a­tu­ba e Go­i­â­nia, com for­ma­ção en­ci­clo­pé­di­ca, cul­tu­ra hu­ma­nis­ta e con­cep­ção em­pre­en­de­do­ra)

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