Hospital São Pedro de Alcântara da Cidade de Goiás
Diário da Manhã
Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 23:04 | Atualizado há 9 anosNo dia 25 de janeiro de 1825, portanto, ha 191 anos já passados, eis que por Carta imperial foi criado o Hospital de Caridade São Pedro de Alcântara, desde o inicio funcionando às margens do Rio Vermelho de tantas histórias sempre a correr dolentemente seguindo o seu curso até o Rio Araguaia, mas do furor de suas águas não poucos são os registros, o último tendo ocorrido no final de 2001 .
Sempre elogio aquele estabelecimento de atendimento medico/hospitalar, citando como exemplo uma passagem do meu saudoso pai ali internado na década de oitenta do milenio anterior, onde assisti a presteza e a qualidade dos serviços prestados naquela unidade de saúde por parte de enfermeiras e de todo o quadro de servidores, portanto, tendo na memória que por certo,nunca decaiu(e se isso houve, por certo foi em decorrencia de fatores externos que constantemente atravancavam a uma prestação de serviços da maior qualidade).
Na década de noventa e na seguinte, o comando daquela instituição se viu alvo de acirradas disputas, motivadas por interesses de grupos politiqueiros visando fazer dela um instrumento capitalizador e canalizador de votos, no que não estavam errados no pensar mas no fazer isso, pois ao objetivar apenas fins eleitoreiros, se esqueciam de que a finalidade do Hospital era, foi e sempre será, salvar e cuidar de vidas, jamais podendo ser um instrumento de barganha, de negociatas politicas.
Tanta intensidade houve nessa desenfreada busca pela administração do Hospital de Caridade São Pedro de Alcântara que, certa feita, dois juizes das duas varas da comarca de Goiás concederam liminares totalmente conflitantes, cada uma delas delegando poderes a um dos dois grupos que a disputavam, levando milhares de pessoas e a se postarem em protesto à frente do hospital (movimento em que me fiz presente, discursando pela continuidade do comando a que defendiamos e que tinha à frente um dos mais dignos nomes da história médica contemporânea vilaboense, o doutor Fernando Cupertino, de quem fui colega do curso de admissão) felizmente o Tribunal de Justiça optou para que continuasse na sua direção, o grupo que foi defendido em peso pela comunidade vilaboense.
Infelizmente o hospital não ficou imune às agruras pelas quais passa toda a rede de saúde pública brasileira já há décadas, tanto que teve as suas portas fechadas, talvez também somadas essas constantes tentativas de se fazer dele um permanente comitê politico partidário, por um periodo de quase dois anos( de outubro de 2010 a junho de 2012.
Mas tirados os percalços e não poucas dificuldades, chega agora o Hospital de Caridade São Pedro de Alcântara a 191 anos no dia 25 de janeiro de 2016, restando nos tão somente torcer para que a associação criada para geri-lo e que o faz de forma responsável, isenta e honesta, a Aspag, continue sempre com esse dedicado trabalho, digno de todos os elogios.
Na impossibilidade de nominar a todos os seus integrantes, o faço na pessoa do frei Marcos, grande figura da nossa igreja católica, sempre disposta a ajudar o próximo e que na qualidade de presidente da citada associação tem prestado impar e incansável trabalho em prol da saúde de todos os que ali buscam tratamento, um lenitivo, uma cura para os seus males, bem como a figura da coordenadora da instituição, Lourdes Leite, esposa de Itamar Assis, um grande vilaboense sempre, como à exemplo de sua esposa, preocupado com os interesses maiores da nossa comunidade, que pode e deve se sentir orgulhosa de contar com tão relevante serviço médico/hospital colocado à sua disposição. Parabéns a todos!!!!
(José Domingos é jornalista, professor universitário, auditor fiscal, escritor e poeta. E-mail [email protected])
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