Opinião

Liberação de cirurgia pode ajudar diminuir índice de obesidade

Júlio Nasser

Publicado em 14 de abril de 2017 às 03:26 | Atualizado há 8 anos

Já é consenso que a obesidade se tornou uma epidemia global. Estimativas indicam que, no Brasil, aproximadamente 50% da população esteja acima do peso ou obesa. O número preocupa porque o excesso de gordura no corpo está relacionado a uma maior propensão a uma série de problemas, como  diabetes, apneia, hipertensão arterial ou doenças cardiovasculares. Por isso, o controle da doença é tão importante.
De acordo com a SBCBM – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, no ano passado foram realizadas cerca de 100 mil cirurgias bariátricas, em todo País. Desse total, apenas 10% dos procedimentos foram feitos na rede pública. Portaria assinada pelo Ministério da Saúde oficializou a incorporação da videolaparoscopia nos procedimentos de cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS – Sistema Único de Saúde. Se trata de uma grande conquista em resposta à antiga  reivindicação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e com certeza terá um efeito positivo nos serviços  da rede pública e, principalmente, para os pacientes que aguardam para realizar a cirurgia bariátrica.
O procedimento é considerado menos invasivo e consequentemente a recuperação é mais rápida. O paciente que vai se submeter à cirurgia no SUS, precisa apresentar  índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 50 e já  enfrentar problemas de saúde como alto risco cardiovascular, diabetes  e/ou hipertensão arterial sistêmica de difícil controle, apneia do sono, doenças articulares degenerativas sem sucesso no tratamento clínico.
Antes da cirurgia,  vale destacar,  que a primeira recomendação para o controle da obesidade deve ser o tratamento clínico com mudança de estilo de vida, reeducação alimentar, rotina de  hábitos saudáveis e exercícios físicos regulares.
Uma grande aliada no combate à obesidade, a cirurgia de emagrecimento por videolarascopia pelo Sus é mais um importante passo na diminuição da doença no país. Vale comemorar!

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