Mãe – Mulher

Toda mulher é como uma rosa

Rainha de todas as flores

Mas a mulher que também é mãe,

é rainha entre rainhas.

Rainha de todas as rosas…

Augusto Branco

Pensar o dia das mães tem se tornado uma tarefa cada vez mais complexa. Isso porque no decorrer dos anos a mulher vem desempenhando inúmeros papéis e reivindicando para si uma igualdade de direitos que reconheça sua especificidade de mãe-mulher. Se antes algumas de nós, mães, podiam exercer a maternidade em tempo integral, hoje a realidade se mostra bem adversa. Realizamos um verdadeiro malabarismo diário para dar conta da rotina doméstica, da educação dos filhos, de exercer a função profissional com competência e ainda desempenhar outras funções que cercam o dia-a-dia da mulher.

Enfrentamos cotidianamente inúmeros desafios e, a maternidade, é um dos mais gratificantes. Tanto ontem quanto hoje, a condição de ser mãe e mulher, considerada muitas vezes como condição óbvia, constitui um dos grandes desafios da mulher atual. Amar os filhos, educá-los e ser a provedora espiritual do lar são tarefas que a mulher de hoje continua a desempenhar com o peso de ser, por vezes, a principal ou única provedora material.

O papel de ser a provedora material do lar não confere às mães o poder de eximir-se de nenhum de seus papéis. Aliás, lhe impõe o dever de estar sempre atualizada em seu campo profissional sem deixar que as inúmeras demandas domésticas interfiram na qualidade de seu trabalho. Por isso mesmo, a maioria das mulheres, se queixam da falta de tempo para realizar todas as funções de mãe-mulher e ainda reservar tempo para cuidar de si mesma.

Em meio a esse universo de papéis, cada mãe-mulher encontra sua maneira de lidar com os desafios financeiros, emocionais e educacionais. A questão, que na maioria das vezes escapa ao seu controle e previsão é o cuidado consigo mesma. A capacidade de lembrar que é um ser humano, e, portanto está sujeita a erros e acertos. Não é onipresente, onisciente ou onipotente, mas sim, alguém que também precisa de colo, de afeto, de lazer e de momentos para ficar só.

Ser mãe é, sobretudo, gerar a vida e, por isso, ninguém mais do que ela tem o direito de viver a vida em sua plenitude. Nesse Dia das Mães, estendo a todas as mães e ao restante da família, um apelo: antes do último lançamento da moda, eletrodomésticos, perfumes, livros ou outro mimo, oferte espaços e tempos para o estreitamento dos laços de amor e afeto, para o exercitar da gentileza e da convivência harmoniosa. Neste Dia das Mães, transborde o sentimento de sentir-se plena como da Mãe e mulher.

Um ser e sentir-se Mãe-Mulher que contemple seus sonhos, anseios e desejos, que lhe confira o direito de cultivar seu espírito, de resgatar sua paz, de amar e ser amada.

Parabenizo de forma especial, carinhosa e muito amorosa, a minha Mãe e todas as Mães da Cidade de Goiânia, pedindo a Deus que derrame infinitas bênçãos sobre a vida de cada uma. Que esse dia seja muito feliz!

(Marcia Carvalho é Pedagoga, Psicopedagoga, Mestra em Sociedade, Políticas Públicas e Meio Ambiente,Diretora Secretária da Fundação Ulysses Guimarães -Go. Secretária Municipal de Assistência Social)