Opinião

Major Araújo: quebrando paradigmas como deputado estadual

Diário da Manhã

Publicado em 13 de setembro de 2018 às 03:21 | Atualizado há 6 anos

Na­tu­ral de Go­i­â­nia e aos 52 anos de ida­de, o de­pu­ta­do es­ta­du­al Ma­jor Araú­jo (PRP) é uma das gra­tas re­ve­la­ções po­lí­ti­cas do Es­ta­do de Go­i­ás nes­ses úl­ti­mos 11 anos. Re­a­li­zou um tra­ba­lho tão pro­fí­cuo em seu pri­mei­ro man­da­to que con­se­guiu que­brar um ta­bu exis­ten­te na As­sem­bleia Le­gis­la­ti­va de Go­i­ás (Ale­go) de que de­pu­ta­do es­ta­du­al Po­li­ci­al Mi­li­tar (PM) não con­se­gue se re­e­le­ger. Pois con­quis­tou a re­e­lei­ção, em 2014, e, ago­ra, é can­di­da­tís­si­mo a um ter­cei­ro man­da­to.

E, tam­bém no exer­cí­cio do seu se­gun­do man­da­to de de­pu­ta­do es­ta­du­al, Ma­jor Araú­jo se­guiu re­a­li­zan­do um tra­ba­lho par­la­men­tar éti­co e da me­lhor qua­li­da­de, o que o le­vou a ser elei­to, em 30 de ou­tu­bro de 2016, vi­ce-pre­fei­to de Go­i­â­nia, na cha­pa en­ca­be­ça­da por Iris Re­zen­de (MDB), pa­ra o man­da­to de 2017-2020. Con­tu­do, foi acon­se­lha­do a não to­mar pos­se no car­go de vi­ce-pre­fei­to, ha­ja vis­ta que re­pre­sen­ta­va a voz for­te da opo­si­ção no par­la­men­to es­ta­du­al, de­nun­ci­an­do com co­ra­gem ini­ci­a­ti­vas que con­si­de­ra des­go­ver­no.

Ma­jor Araú­jo se des­ta­cou, pri­mei­ra­men­te, co­mo li­de­ran­ça clas­sis­ta. Em 2004 foi elei­to pre­si­den­te da As­so­cia­ção dos Ofi­ci­ais da Po­lí­cia Mi­li­tar e Bom­bei­ros Mi­li­tar de Go­i­ás pa­ra o bi­ê­nio 2005-2006, sen­do re­e­lei­to por mais dois man­da­tos, em 2006 e 2008, res­pec­ti­va­men­te, exer­cen­do for­te atu­a­ção clas­sis­ta, in­clu­si­ve com mo­vi­men­tos pa­re­dis­tas de mi­li­ta­res. Li­de­rou a co­mis­são in­te­gra­da pe­las as­so­cia­ções mi­li­ta­res que ne­go­ciou com o go­ver­no apro­va­ção do Pla­no de Car­rei­ra de sua ca­te­go­ria, bem co­mo o re­gi­me de sub­sí­dio co­mo no­va for­ma de re­mu­ne­rar os mi­li­ta­res go­i­a­nos, re­com­pon­do o sa­lá­rio dos po­li­ci­ais e bom­bei­ros mi­li­ta­res, cor­ri­gin­do dis­tor­ções his­tó­ri­cas.

Atu­a­ção es­ta que o le­vou, em 2009, à Câ­ma­ra Mu­ni­ci­pal de Go­i­â­nia. Em 2010 foi elei­to de­pu­ta­do es­ta­du­al com vo­ta­ção de 32.092 vo­tos, o 12º mais vo­ta­do do Es­ta­do, pe­la ba­se do atu­al go­ver­no es­ta­du­al. Em 2012, com os es­cân­da­los en­vol­ven­do o go­ver­no, den­tre eles a ope­ra­ção Mon­te Car­lo, bem co­mo an­te a omis­são em re­la­ção a Se­gu­ran­ça Pú­bli­ca, te­ve o seu rom­pi­men­to com a ba­se go­ver­nis­ta, pas­san­do pa­ra a opo­si­ção, tor­nan­do-se, des­de en­tão, o seu mais fer­re­nho opo­si­tor, fa­to que o le­vou a ser ex­pul­so do PRB em 2013.

No mes­mo ano fi­liou-se ao PRP, sen­do re­e­lei­to em 2014 por es­ta si­gla, com a vo­ta­ção de 21.528 vo­tos. Ho­je, exer­ce for­te atu­a­ção na opo­si­ção ao atu­al Go­ver­no, fo­can­do o seu man­da­to na de­fe­sa dos mi­li­ta­res, dos ser­vi­do­res pú­bli­cos e da se­gu­ran­ça pú­bli­ca. Crí­ti­co im­pla­cá­vel da atu­al ges­tão es­ta­du­al pos­sui gran­de in­flu­ên­cia nas re­des so­ci­ais, não abrin­do mão de fis­ca­li­zar, de­nun­ci­ar e re­per­cu­tir as ações ne­ga­ti­vas de go­ver­no. In­clu­si­ve, foi au­tor de dois pe­di­dos de im­pe­achment na As­sem­bleia Le­gis­la­ti­va de Go­i­ás.

Fi­lho de Cí­ce­ro Araú­jo e Al­vi­na Al­ves Araú­jo, Ma­jor Araú­jo é ca­sa­do com Lu­ci­a­na Pa­trí­cia de Sou­za Araú­jo e pai de dois fi­lhos: Ca­mi­la Pa­trí­cia e Es­te­vão Otá­vio. Tra­ba­lhou em Go­i­â­nia co­mo me­nor apren­diz até 18 anos de ida­de (Pró Jo­vem e Cesam). Co­mo de­pu­ta­do es­ta­du­al, re­a­li­zou tra­ba­lho exem­plar nas co­mis­sões téc­ni­cas per­ma­nen­tes da Ale­go, se­ja co­mo pre­si­den­te, ti­tu­lar e até mes­mo co­mo su­plen­te. Com cer­te­za, me­re­ce um no­vo man­da­to, até por­que, so­bre­tu­do, é um ho­mem te­men­te a Deus.

 

(Jo­ão Nas­ci­men­to, jor­na­lis­ta)

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