Neste 7 de setembro saudemos a pátria!
Diário da Manhã
Publicado em 31 de agosto de 2018 às 23:56 | Atualizado há 6 anosSalve, pois, a pátria! As eleições que serão realizadas, no próximo sete de outubro, coincidência ou não, de números, que elas tragam muita sorte a comunidade brasileira. Sete é número guru, renovando os dois poderes, legislativo e executivo, nos estados e união. Cientistas políticos de todo o mundo, instados a se manifestar, sobre a atual conjuntura do país, foram unânimes em culpar, atribuir, a baixa alternância do poder, como a grande responsável pela recessão, estagnação da economia, e descrença do povo no atual regime. Com efeito, desde a proclamação da república aos dias atuais, neste sete de setembro, comemora-se 118 anos de república, quase duzentos de independência, portanto, houve tempo, muito tempo, para que, os sucessivos governantes promovessem a educação da sociedade brasileira, infundindo-lhe cultura política, conhecimento, tornando-a espectadora engajada, partícipe da vida política de sua terra, lugar onde reside, mora, construtora de sua própria história, devotada, ardorosamente, aos festejos cívicos, vigilância, controle, de forma organizada, dos negócios públicos. Tantos candidatos, tanta gente eleita, ao longo do tempo, mesmo que pelo voto de cabresto, do compadrio, bem pagos para governar, com esmero, a república: união, estados, municípios, fazendo a máquina funcionar de forma excelente, com rede escolar exemplar, promovendo a mais substancial das revoluções, a revolução pela cultura, em vez disso, realizaram sinecurismo. Mesmo assim, com milhões de patrícios, ainda hoje, deserdados do saber, marginalizados da vida política, social e econômica, vale a pena, com ardor cívico, exaltar a pátria. Imagine! Embora esbulhada, no passado e no agora, por tantos gestores, inimigos viscerais da democracia, prospera alimentando a esperança de seu povo.
Portanto, saudemo-la gente altaneira, por essa imensa grandeza, filha da ditosa mãe brasileira. Eu próprio, pátria airosa, saúdo-te, com a melhor boa prosa. Saúdo teus heróis do passado, que gloriosamente, adentrando os sertões bravios, indômitos, tanto bandeiras, como bandeirantes, estenderam fronteiras gigantes, do atlântico aos contrafortes dos Andes, do arroio Chuí ao Oiapoque, raias mais distantes das que eram antes. Estoico, imenso, grandioso, gigante pela própria natureza, como figura as margens do Ribeira Ipiranga, ilustrando jocosos bois na canga. Bravos corcéis em disparada, cavaleiros alçando espadas, alvoroço de talante altaneira, altiva gente brasileira, indignada com ordens do Reino emanada, hostilizando, de novo, a pátria amada, em brado, a tornou emancipada. Louvo e concito você mocidade altivada, a louvar a pátria idolatrada, fazendo corrente, formando opinião da sociedade, motivando-a lembrar, nesse dia memorável, as figuras heroicas, quiméricas dos tempos idos, vividos, pois, a terra que nascemos abarca, constituí, o sol, o céu, o berço dos heróis, túmulo de nossos antepassados.
Embora o brado de sete de setembro tenha promovido nossa independência do reino, as cortes enleadas no monarca, seja D. Pedro I, seja D. Pedro II, conspiraram o tempo todo pela volta da coroa a Portugal. Logo que D. Pedro I abdicou do trono brasileiro, para assumir o de Portugal, deixando aqui seu filho como herdeiro, embora de menoridade, a nobreza passou a tramar, ainda, de forma mais ferrenha, pela volta do herdeiro ao trono português, a conspiração tornou-se tão dramática que despertou, no seio da então altiva gente brasileira, o movimento de maioridade do príncipe D. Pedro II, com ele, a Regência Trina, destinada assegurar, tanto a maioridade do príncipe, como a melhor governabilidade do Império. A consagração da maioridade consumada pela ação resoluta, altiva, de seu presidente mais notável, notável pela sabedoria, ardor cívico, padre Diogo Antônio Feijó, consolidou o II Império brasileiro. Ao longo de toda essa tumultuada história, as cortes, em trama inglória, boicotaram aos súditos, de então, o sagrado direito a educação, pois, pressentia, no âmago de seu ser, que a luz do saber, iria quebrar os grilhões da servidão. Todavia, a esperança aguçava-se com o movimento republicano conspirando pela libertação do império, proclamação de república. No parlamento, de repente, a lei Saraiva açodava a mente, ao sagrar o voto secreto, para solapar o leniente, antes mesmo, da lei áurea, que aboliu a escravidão, tornando o negro independente. Entrementes, mourejou no papel, por falta de cultura sapiente, vontade dos medalhões da velha república, como era indesejado pelo coronel, ficou, todo tempo, no papel, procrastinado, pois, o malfazejo voto de cabresto, fraude eleitoral, assegurava a vitória dos oligarcas vitalícias.
Com tantas mazelas, salve a república, mesmo cambaleante, ultrajada por sucessivos governantes, mostra grandeza, jactância, assegurando ao povo esperança. Irra! Por relaxada temperança, não pode comemorar com garbo, seus trinta anos de governança, senão malsinada insolvência, estagnação, ganância, gerando imensos escândalos de corrupção que, todo brilho solapou, se glória, a princípio tinha, glória, no agora, afogou. Na abertura, à liberdade, tamanha bandeira, frágil determinação, para emancipar toda gente pobre da nação. Pudera, a educação qualidade, fonte de conhecimento, emancipação, prossegue sem solução. Embora a constituição, dita cidadã, tenha tornando-a acessível a toda sorte de patrícios, continua pecando em maestria. Com efeito, embora esteja presente, em todos os lugarejos do país, mas, a excelência! Como na velha república, vegeta, tão somente, nas intenções burlescas, esperando, quiçá um pré-sal ilusório, canto de sereia que alimentou palanques eleitoreiros de candidatos, gestores públicos aventureiros, mesmo com a Lava jato, persiste, perdura, teima em abusos sorrateiros, surrupiando o povo brasileiro.
Abismal leitor! O voto secreto da lei Saraiva, ainda do Império, que pensava ser arma fulminante do eleitor, bem assim, premiando os bons e punindo os maus governantes, por descaso, na sabedoria, teima leniente, de forma incrível, subserviente. Em virtude disso, o superfaturamento do erário público, da base ao ápice da pirâmide administrativa, rouba a oportunidade de um lugar primado, a milhões de patrícios, deserdados. Essa prática escabrosa, daninha, cancerosa, subtrai verbas essenciais a educação eloquência, saúde excelência, segurança, sumidade para a sociedade ordeira, laboriosa, ingente prisioneira, em polvorosa, descrente na república, república de fama milenar, maviosa, agora, descrente, desgostosa pela devassidão de feitores públicos canhestros. Thomaz Jefferson, patriarca da independência americana, seu quinto presidente, em seu louvor a república, evoca as muitas maneiras de fazer presente, de modo permanente, primores da democracia, no espírito de sua gente, forma de tornar vivo, nos menores lugarejos, seu papel em assegurar imagem positiva, aguçada, enlevando a oração: “Ama como a ti mesmo teu próximo, e, muito mais do que a ti mesmo, a tua pátria”.
Exaltemos, embora todos amargores, nossa pátria, neste sete de setembro, terra abençoada por Deus: música de célebre canção popular, nela, em si plantando tudo produz, mesmo, com inacreditável safra de maus gestores públicos, ousando, nas eleições de outubro próximo, subsidiada pela ação que virá, inédita, da Justiça eleitoral, garra na luta por eleições limpas, acossando, atormentando, o voto servil, e, ungindo, exaltando o voto consciente sapiente, antevendo, como corolário, ainda que, inspirados e vigiados, pela Lava Jato, magistralmente, conduzida pelo Juiz Sérgio Moro, safra de governantes honestos, parcimoniosos, transparentes.
Louvemos a pátria! De sua terra generosa brota árvore frondosa de fruto saboroso, aroma invejoso. De sua floresta em festa; a flor. Da flor, o néctar oloroso. Da geniosa abelha, o lavor. Do lavor, o mel saboroso. Hurra! Do corolário de luta renhida; o delicioso favo de mel, para suavizar a vida das agruras do amargo fel. Tanta beleza que o pensar faz desabrochar, faz a gente sentir, após refletir, sobre a mais grandiosa generosidade, da mãe natureza, liberando oxigênio, pois sem ela, planta, só haveria carbono venenoso, legando ao terráqueo mundo escabroso. Com a miraculosa oxigenação, sublimada pela umidificação da terra boa, foi possível desacreditar tormento de pensadores assombrosos. Com efeito, pelos cálculos alarmantes de temerária vaticinação, a humanidade padeceria pela minguada alimentação. Todavia, surpreendidos pela ciência progressista, e, o mundo, nele, nossa terra querida, plenamente abastecida, para gaudio da pesquisa geneticista.
Por isto, que seja, neste memorável sete de setembro, bem mais altaneira, pela brava gente brasileira, laboriosa no agronegócio, indústria, comércio, oxalá, na acurada participação, cultura, conhecimento, controle excelência dos governantes, exorcizando, punindo, nas próximas eleições, sete de outubro, o voto servil, subserviente, do compadrio, sublimando, o voto consciente, ou melhor ainda, consciente sapiente, porquanto, impregnado de douta sabedoria, descartando, sabotando, candidatos lenientes, premiando postulantes descentes, honestos, dotados de vontade soberana, imperativa vontade, de passar, quem sabe, em ano pesadelo, o país a limpo. Enfim, louvemos, neste memorável dia sete, a pátria amada, idolatrada.
(Josias Luiz Guimarães, veterinário pela UFMG, pós-graduado em Filosofia política pela PUC-GO, produtor rural)
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