O empoderamento da mulher e o novo cenário político: juntas podemos mais
Diário da Manhã
Publicado em 10 de março de 2016 às 01:38 | Atualizado há 9 anosNo mês de março, vamos falar sobre a mulher como forma de homenageá-la por toda sua luta, sua história, seus desafios e suas conquistas.
A mulher tem se destacado nos últimos anos, mostrando que competência no trabalho também é um grande marco feminino e na política também.
Anteriormente taxada como sexo frágil, a mulher tem se mostrado forte o bastante para encarar os desafios, as metas e objetivos.
A mulher tem grande colaboração nas influências humanas que se tenta propagar na atualidade, necessitamos de transformações rápidas e desastrosas que precisam de mudanças imediatas.
Nós mulheres queremos sempre o melhor. Machistas de plantão estamos em plena ação. Estamos trabalhando, já estamos chegando lá…
Nossos sonhos distantes agora são reais, não fazem poítica sem nós mulheres. O mês de março nos convida a uma reflexão sobre as mulheres e o mundo da política.
Pensar no papel social desempenhado pelas mulheres na sociedade brasileira (mais especificamente sob a ótica da política) é sempre um exercício interessante, principalmente quando levamos em consideração uma sociedade como a nossa, construída sob a égide do machismo, do patriarcalismo, na qual o homem sempre ocupou o espaço público e a mulher, o privado.
O avanço feminino frente à política e à economia, ainda mostra a força da mulher em perceber e apontar os problemas tendo sempre boas formas de resolvê-los. O avanço e a inovação é fator preponderante da mulher, a frente ela lidera, ela coordena, ela inova, ela faz.
Mesmo enfrentando diversas discriminações vista como a cuidadora da casa e da família, a mulher conseguiu superar suas dificuldades e ainda administrar seu tempo a favor de suas atividades, para que as questões familiares não entrem em conflito com questões profissionais e sociais.
Dinâmica, audaciosa a mulher ainda é alvo de grande discriminação por aqueles que ainda acreditam que “lugar de mulher é no fogão” e por isso enfrenta o grande desafio de mostrar que apesar de considerada sexo frágil é muito forte, em relação as adversidades da vida e seus enfrentamentos.
Politicamente a mulher vem enfrentando grandes guerras e desafios com maestria e sabedoria. A arte de fazer, realizar e acontecer. Segundo dados estatísticos, o eleitor goiano é, em sua maioria, do sexo feminino, tem entre 25 anos e 59 anos de idade, possui ensino fundamental incompleto e mora na capital. Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com o levantamento, a maior parte do eleitorado goiano, 51,63% é formada por mulheres. Segundo o TSE, no estado, há 2.178.807 de mulheres aptas a votar. Os homens respondem por 48,35% e totalizam 2.040.364 de votantes. O número global de eleitores é de 4.219.655 pessoas.
Nos dois casos, o maior número de eleitores tem entre 25 anos e 59 anos de idade para ambos os sexos. São 1.492.859 mulheres e 1.379.760 homens. O maior grupo de mulheres está na faixa de 45 a 59 anos, 502.457. Enquanto a maior quantidade de homens foi observada na faixa de 25 a 34 anos, com 492.128 representantes.
Importante frisar que em 1997, a Lei das Eleições, passou a prever a reserva de vagas para a participação feminina nos cargos proporcionais – deputado federal, estadual e distrital e vereador.
Em 2009, com a sanção da Lei n° 12.034, a primeira minirreforma eleitoral, essa participação passou a ser obrigatória. O novo texto, consta, estipula que sejam preenchidas e não apenas reservadas, as candidaturas com o mínimo de 30% e o máximo de 70% de cada sexo”.
Embora os desafios encontrados pelas mulheres tanto na política quanto na sociedade, podemos dizer que nós mulheres estamos conquistando nosso espaço, é preciso considerar que, por conta das chamadas cotas, fruto de políticas afirmativas para ampliar a participação feminina, os partidos são obrigados a reservarem uma participação de, no mínimo, 30% para cada sexo, grande inovação e conquista da mulher.
Daí a Cesar o que é de Cesar, este foi resultado de uma luta pela maior participação feminina, o que pode ser considerado um estrondoso avanço. Ressaltamos que leis e as normas por si só possuem um poder relativo embora sejam importantes instrumentos na luta contra o preconceito, seja ele de qualquer natureza.
O papel social da mulher e sua posição na sociedade brasileira ainda são permeados de contradições. Em termos quantitativos, basta analisarmos alguns dados apresentados pelo governo, observando-se que a participação das mulheres na Câmara dos Deputados é de 9% e, no Senado, de 10% do total. Além disso, o número de governadoras de estado também ainda é muito pequeno.
Podemos citar grandes mulheres na política goiana, nos bastidores ou na linha de frente tem uma atuação comprometida e eficaz, com comprometimento nas áreas sociais e de diversas áreas ligadas na política.
Viva todas nós mulheres. Viva as mulheres de Goiás. Viva a nova política das mulheres de Goiás.
(Lorena Ayres é advogada, articulista, comendadora, diretora da Aciag e AJE Aparecida de Goiânia)
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