Opinião

O mito Iris Rezende Machado

Diário da Manhã

Publicado em 29 de janeiro de 2016 às 23:14 | Atualizado há 9 anos

Ao tecer algumas considerações sobre a pessoa de Iris Rezende, o faço com altivez e nativismo, registrando, por consequência, um elenco da história de um tempo, ainda que confortado, como articulista, em poder prestar-lhe, talvez, uma ínfima homenagem por tudo o quanto fez e quer fazer para a posteridade. Na virada de ano  de 93 para 94, curtindo férias com a família em Natal-RN, já fatigado de praia, coloquei-me diante daquelas lindezas, a refletir sobre o desempenho de Iris no Governo de Goiás, em segundo mandato. Ali mesmo fora construído um artigo denominado: “O Brasil passado a limpo” levado à publicação neste Diário, quando me retornei.

Pois bem, decorridos mais de 20 anos afora, repensando aquela matéria, não me arrependo de ter lançado naquele expediente as honrarias que fiz ao Iris pelo seu esmerado trabalho para a alegria do povo goiano. Razão me assistia em cunhar um raciocínio que me arvorava naquela instante, celebrando a figura do administrador Iris Rezende como uma solução para o País, diante do malogrado êxito da era Collor. Mesmo porque Iris, aguçado como sempre o foi, tocava para o seu rebanho, múltiplas obras por todos os recantos deste Estado. É como ele verbera: “As máquinas roncavam em todos os cantos no propósito de romper as barreiras do desenvolvimento do Estado.”

Falar de Iris é muito fácil. Basta rever em cada cidade a marca de seu governo que, no mínimo, encontrar-se-á um ginásio de esporte, quadras, escolas, postos de saúde e muito mais. Iris, além das qualidades de qualquer ser humano, é trabalhador incansável, madrugador organizado, competente e visionário como Pedro Ludovico e Juscelino Kubitschek. De um carisma indelével, contagiante. De sua pele exala gotas de gente. É gente como a gente. Adora povo. Por tudo isso é que ostenta a figura de um dos grandes líderes de todos os tempos. Populista ao extremo se mistura facilmente na multidão.

Existem muitos que não admitem o seu estilo, mas aqueles que o aplaudem é expressão transcendental. De se afirmar que aqueles que o devanea, certamente é porque não conseguiram se aproximar dele por uma ou outra razão qualquer. Até porque Iris é gente até demais. Prestigia a todos e, como ninguém o quanto pode. Mesmo perdendo pleitos importantes como perdeu por cinco ocasiões, nunca abandonou seus companheiros, nem, tampouco, mudou de partido. O último embate mal fadado, terminou num dia, e ele, jamais fechou seu aparato, seu staf político eleitoral, onde, trabalha, assiduamente, sem alardes publicitários. Porém, todos sabem que é o candidato natural do seu partido a disputar a vaga do Paço Municipal, sem concorrentes.

Ponho-me, por vez, a pensar o quanto Iris é benquisto. Mês passado, nas dependências de um Banco, surgiu o papo com o nome de Iris, e uma gerente se vangloriava em admirá-lo  mas, ao mesmo tempo, reclamava de não ter podido conhecê-lo pessoalmente, o que seria para ela como um sonho de consumo. Naquele instante eu lhe dissera é so você dirigir-se ao escritório dele na T-9 que você o encontrará, e pode ter a certeza de que ele vai lhe receberá com alegrias. Ensinei-a, os caminhos. Retrucou-me,  vou lá sim.

Pelas conversas que ouço por aí, percebo, em síntese,  que o  Iris tem fortes chances de vencer as eleições de Goiânia, graças ao povo goiano e a sua desenvoltura, pois que, a meu ver, é a única pessoa capaz de transformar, mesmo a reboque, diante da crise, os destinos da Capital. Goiânia está, tal qual proporcionalmente, a República Federativa, sucateada, acabada, arrasada. É buraco pra todos os cantos, é lixo nas ruas, é mosquito da dengue e outros males, e  ninguém domina este problema do lixo da Capital. E ainda acaba por destruir o solo natural  que absorve as águas das chuvas, incrível… Eis o recado: desgarra deste PT, pelo amor de Deus…

Existe um ditado Árabe que diz: “Quem planta tamareiras, não colhe tâmaras, porque, outrora, as tamareiras gastavam de 80 a 100 anos para produzir frutos.” Hoje, com as técnicas de produção, esta fase temporal fora bastante reduzida. Mas o ditado é sábio e inteligente. Conta-se que certa vez um senhor de boa idade, plantava tamareiras no deserto quando um jovem o abordou perguntando:  “Mas por que  o senhor perde tempo plantando o que não vai colher?” O senhor virou a cabeça e, calmamente respondeu: “Se todos pensassem como você, ninguém colheria tâmaras.” Melhor dizendo, o que importa é o trabalho realizado mesmo que outros vão colher o resultado, é o legado que você vai deixar para a humanidade usufruir. E é exatamente o corolário de vida de Iris Rezende, querer fazer mais por Goiânia e sua gente. É a característica dele, de empreendedor, realizador, visionário, desbravador desde os tempos das construções paupérrimas, com barro puro, do carro de bois a liderança do grêmio literário na Escola Técnica de Campinas.

Iris, por certo, foi tudo na vida, na política. É um glossário dela, um gigante, experiente como ninguém. De Vereador a governador por duas vezes, Ministro da Agricultura no governo Sarney e da Justiça de Fernando Henrique Cardoso.  O próprio FHC, em sua obra “Diários da Presidência” 1995/1996 – Editora Companhia das Letras” expõe, em seu conteúdo, salpicando, em vários momentos, a pessoa de Iris Rezende, sobressaltando contudo, as  virtudes e qualidades quando Ministro de seu governo. Apesar de ser Ministro da República, pelas suas mãos, emplacou outros, dando visibilidade a Goiás, seus filhos e  ao Brasil.

De mais a mais, erra feio quem enxerga Iris por baixo, filosofando que o homem está fora de forma. Pratica esportes, diariamente e está completamente límpido, trabalhando e produzindo como nunca. Arguto e pertinaz encontra-se preparadíssimo para enfrentar qualquer desafio. Iris sabe perder com humildade como também ganhar com prosperidade.

 

(Davi Carlos Fagundes, advogado militante, consultor municipal, especialista em  direito público “Lato Sensu”, graduado em Comunicação e Expressão, ex-assessor da Câmara Municipal de Goiânia, Assembleia Legislativa e Câmara Federal, Igam, Secretarias de Estado do Interior e Justiça, Agricultura, ex-advogado da Ceasa-GO e Banco do Brasil SA e articulista do DM)

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