O presente não existe, só o passado e o futuro!
Diário da Manhã
Publicado em 30 de abril de 2016 às 01:01 | Atualizado há 9 anosO misericordioso leitor sabe o quanto eu sou apaixonado pela história brasileira e revoltado, chateado, amargurado, inconformado e muitos outros ados com o fato da imensa maioria dos nossos irmãos, brasileiros e brasileiras, pensarem que D. Pedro II nasceu em Portugal e não em Petrópolis, no Rio de Janeiro; e não saberem que no seu governo imperou a inestimável, infindável, incontestável liberdade de imprensa, inclusive para chargistas que retratavam inescrupulosamente os adultérios do regente; que a princesa Isabel foi sua filha e não é a mulher cunhada na moeda de 1 real e em todas as notas, de 2 a 100 reais, que a imensa maioria, pensa também, ser uma deusa grega (especulo sobre o assunto no artigo “Sobre a vagabunda novamente”, disponível no site dm.digital.com); que o Brasil foi o último país a abolir a escravatura e que os portugueses não roubaram o ouro brasileiro, nem o pau-brasil, como se costuma ter como certo, verdadeiro e sacramentado, entretanto, eu costumo brincar falando e escrevendo, que a quantidade de ouro levada pelos portugueses para a Europa, naquelas suas naus de madeira à vela, para pagar os custos das grandes guerras travadas com os nossos vizinhos para a conquista das terras mencionadas e manter a Coroa constituída de inúmeros cientistas, escritores, poetas, engenheiros, músicos, enfim, todo o ouro que foi levado é mixaria perto das conquistas territoriais que constituem o país como sendo, atualmente, abaixo da Linha do Equador, o maior em extensão territorial do planeta, portanto, no Hemisfério Sul, aonde há as melhores terras e a maior biodiversidade – e além de tudo, pertencemos ao seleto grupo de meia dúzia de países autossuficientes no produto mais caro, mais precioso que existe: a água – enfim, ficaram pequeninos os países vizinhos, colonizados pelos espanhóis. Ficaram como planetas em torno do sol, que seria o nosso fabuloso, grandioso e maravilhoso Brasil. Longe de mim querer comparar as colonizações, a espanhola e a portuguesa aqui por estas paragens, porquanto, pelos dois povos tenho profundo respeito, entretanto, é bom eu mencionar que pau-brasil é uma árvore que pode ser plantada até num terreno batido e não é só isso. Os avanços, em todas as áreas e engenharias, facilitarão a revitalização das áreas devastadas e, a exploração e mineração com tecnologias avançadas, permitirão que toda aquela riqueza, o ouro, os minérios, as substâncias medicinais encontradas em toda a imensa biodiversidade amazônica, entre outras áreas, possam, por si mesma, financiar o processo caríssimo de colocar o Brasil, na próxima geração, entre os países de primeiro mundo. A Coreia do Sul conseguiu. O número de braços e pernas dos coreanos, além, claro, do cérebro, são idênticos aos nossos. Saber, conhecer a história verdadeira, não aquela contada pelos poderosos, maquiada pelos puxa sacos e distorcida pelos cricris, mas aquela que está sempre se renovando porque o passado sempre foi e sempre será recriado pelas perspectivas, infinitamente diferentes, dos iluminados, dos poetas, historiadores, e todos aqueles que se debruçam sobre o passado para obter respostas sobre o futuro, porque o presente não existe, já passou. Até.
(Henrique Dias, jornalista)
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