Opinião

Oficina poética

Diário da Manhã

Publicado em 19 de novembro de 2017 às 06:03 | Atualizado há 7 anos

Na­da co­mo ir ao cer­ne das pa­la­vras, seu sig­ni­fi­ca­do, su­as ori­gens e mu­dan­ças de for­ma, de gra­fia, de sen­ti­do. Pa­la­vras são vi­vas, não per­ma­ne­cem es­tá­ti­cas ao lon­go do tem­po.

OFI­CI­NA  pro­vém do la­tim op­fi­ci­num, que re­mon­ta a op­fi­cis – ar­te­são. Ou se­ja: aque­le cu­jo tra­ba­lho é fei­to prin­ci­pal­men­te com as mãos. De on­de OFI­CI­NA é lu­gar on­de se ela­bo­ra, fa­bri­ca ou con­ser­ta al­go; lo­cal on­de se de­sen­vol­ve uma ati­vi­da­de la­bo­ral, ma­nu­al ou ar­te­sa­nal.

PO­É­TI­CO – en­si­nam os di­ci­o­ná­rios – é re­la­ti­vo ou pró­prio da po­e­sia.  O tex­to po­é­ti­co con­tém emo­ções e sen­ti­men­tos e faz des­per­tar a sen­si­bi­li­da­de de quem o lê ou es­cu­ta, quan­do é de­cla­ma­do por al­guém.

Em as­sim sen­do – OFI­CI­NA diz res­pei­to à re­a­li­da­de do co­ti­dia­no; e PO­É­TI­CO à ide­a­li­za­ção  da vi­da. Se­ria pos­sí­vel con­clu­ir-se que há uma con­tra­di­ção in­trín­se­ca en­tre tais pa­la­vras; pe­lo que se­ria ina­de­qua­do usá-las as­sim jun­tas, in­te­ra­gin­do en­tre si.

Não ob­stan­te, Eli­za­beth Abreu Cal­dei­ra Bri­to, em sua OFI­CI­NA PO­É­TI­CA, ora al­can­ça a mar­ca de 300 edi­ções no Di­á­rio da Ma­nhã. Pu­bli­can­do po­e­mas e as­so­cian­do-os às ar­tes plás­ti­cas, são va­lo­ri­za­dos os ar­tis­tas em ge­ral e, em es­pe­ci­al, os au­to­res/cul­to­res da po­e­sia.  Sua pá­gi­na li­te­rá­ria é tam­bém ofi­ci­na –  lu­gar de en­con­tro de quan­tos pro­du­zem, amam e con­so­mem a po­e­sia e as ar­tes. E, de igual mo­do, pon­to de par­ti­da pa­ra no­vas for­mas e no­vas abor­da­gens  do fa­zer po­é­ti­co.

 

(Le­na Cas­tel­lo Bran­co, es­cri­to­ra)

 

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