Política, matemática, redes e o tal do “chama”
Diário da Manhã
Publicado em 13 de outubro de 2018 às 02:07 | Atualizado há 6 anosO misericordioso leitor já me conhece, não me contenho, cá estou escrevinhando sobre política, afinal, sou um animalzinho político inofensivo e sei, muito bem, também, que havia prometido que não “escreveria”, nada, sobre política nos noventa dias que antecedessem o anuncio do próximo presidente para não ficar com nenhum peso, ou, melhor, nenhuma miligrama de peso na consciência, pensando, por exemplo, que teria influenciado algum leitor votar em fulano, sicrano, ou, beltrano – voltando, então, por que o tal de “cá estou”, com este ar de regozijo irônico, não estou descumprindo promessas misericordioso leitor? Afinal, o presidente não foi anunciado e estou aqui, importunando com brincadeiras, vou parar porque o assunto é sério, podemos afirmar que o assunto é, até, matemático, exato, lógico e é lógico, também, tenho até testemunhas, gosto de lógica, de matemática, especialmente porcentagem, é por isto que vivo afirmando, “para Deus e todo o mundo”, desde moleque – alguns até riem – que as “operações” não são quatro, são duas, a adição é o oposto da subtração e a multiplicação é o oposto da divisão, portanto, são duas e, mais, quando multiplicamos um número por cinco encontramos a sua metade, seu cinquenta por cento”, exemplificando: 5×12=60, pois, metade de 12 é 6, portanto, acrescenta-se, somente, o zero, 5×13=65, porque 6,5 é a metade de 13, 5×14=70, porque metade de 14 é 7, 5×44=220, 5×444=2220, 5×4444=22220, fica facílimo não é mesmo misericordioso leitor, bem, quem não conhece deve ter gostado, mas, como de práxis, afastei-me do tema, entretanto, é o que eu estava dizendo, voltei a escrever sobre política porque, na minha humilde opinião, o primeiro turno já determinou quem será o próximo presidente da republiqueta e, o demais, é mero cerimonial, cumprimento de tabela, não adianta ficar chovendo no molhado, fazendo contas, cenas, tentando acreditar que o papai-noel virá do céu, que um mais um é três, este escrevinhador não omite nada do misericordioso leitor, para ele, por absurdo que possa parecer, o presidente já foi anunciado, tanto que eu até assinei um artigo sobre isto, publicado na página 6 da edição de quarta, agora, dia 10, sob o título: “Capitão ou capetão? Porcos comendo porcos?”, lógico, ainda disponível no site deste matutino vanguardista. Então, no próximo artigo eu vou mostrar a minha humilde opinião com respeito aos erros cometidos pela equipe de propaganda e marketing do meu xará, que gastou, do bolso, mais de 53 milhões, repetindo: 53 milhões de reais na campanha e, verdade, ia deixar para o próximo artigo, ia finalizar, mas, não me contenho e pergunto: será que os criadores do “chama fulano” não contaram com a sublimação, com o inconsciente do eleitorado? “Chama” não “faz lembrar” fogo, destruição, perda, derrota, “fogueira das vaidades”, eu acho que se tivessem colocado o xará, nos programas da tv, com barbas longas, indumentárias monísticas, falando do jeito que ele fala, pausadamente, com as músicas do Raul Seixas ele teria tido um número muito maior de votos, aposto, desculpa xará, é brincadeirinha, mas, é melhor rir para não chorar, não é mesmo e, além disto vou escrevinhar sobre o marketing e propaganda, sobre as redes sociais, a falência do modelo antigo, os showmícios, comícios, no próximo artigo. Parabéns pela coragem de disputar xará, mas, eu, da minha parte, prefiro continuar bem longe da política, não estou disposto a levar facadas. Parabéns, também, para os presidenciáveis, o “Sr. FH” e para o vencedor do pleito, matematicamente, lógico, o “Sr. JB”. Até.
(Henrique Gonçalves Dias, jornalista)
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