Opinião

Preparo para a morte

Redação

Publicado em 29 de outubro de 2015 às 21:26 | Atualizado há 9 anos

Esperamos que o leitor não seja daqueles que se enchem de medo até de pensar neste assunto. De fato, para muitos, o só falar ou pensar na morte deixa a sensação de mau agouro. É como mexer com fera, atrair coisa ruim, ou chamar tempestade.

Entretanto, nada tão natural como a morte física. Ninguém está a salvo, pois é uma lei da Criação. A morte faz mesmo parte da vida.

No livro Diálogos, a Logosofia dá o seguinte título para o diálogo 53: “A vida diante do enigma da morte.” Nele, encontramos reflexões e verdadeiros ensinamentos sobre o amor e o apego que muitos seres dizem sentir pela vida, nos momentos em que pressentem estarem próximos do final de seus dias neste mundo.

Quem tem um mínimo de sabedoria sabe que, na vida, a preparação é de suma importância. Preparação para tudo. Nestes tempos de doenças inusitadas, algumas incuráveis, é cada vez maior o número das pessoas que, querendo ou não, tem precisado pensar, ler, estudar e aprender coisas sobre a morte, a fim de se prepararem. Mas a preocupação deve pertencer a todos nós.

E existe uma outra faceta deste assunto: Como nos prepararmos para a morte de nossos seres queridos? Como enfrentaríamos a morte de um pai, uma mãe, um filho?

A fórmula é a mesma: pensando e aprendendo sobre o assunto, dia após dia. Eis a única maneira de nos fortalecermos para enfrentar os momentos cruciais.

No livro citado, a Logosofia adverte que esses são acontecimentos sobre os quais nunca ou muito raramente se pensa, pois as pessoas fogem de pressentimentos que possam afligir ou deprimir seu ânimo. E explica:

“Isso se deve à ausência de uma concepção mais ampla dos acontecimentos humanos que é necessário enfrentar no curso da vida. Uma mente iluminada pela ação fecunda do conhecimento transcendente sabe, muito bem, que o inesperado pode acontecer em qualquer momento. Atendo-se a essa realidade, leva sua convicção mais longe ainda que toda esperança ou fato concebível, preparando o espírito para qualquer eventualidade, pressentida ou não, que poderia sobrevir. Assim reconfortado, o ânimo poderá suportar com mais serenidade e inteireza o que ele mesmo já concebeu, no caso de acontecer, como algo irremediável.”

 

(Dalmy Gama é educador, escritor e docente de Logosofia)

 

 

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