Opinião

Quem não trabalha de modo produtivo, honesto, furta do PIB!

Diário da Manhã

Publicado em 11 de março de 2017 às 01:57 | Atualizado há 8 anos

Isto mesmo leitor, quem não trabalha com afinco, laboriosamente, passa a perna no PIB, no lugar de contribuir para aumentá-lo, faz o contrário, subtraindo-o. O número de patrícios ociosos, voluntária e involuntariamente, vem crescendo, enquanto a maioria, para nosso gáudio, ainda ordeira e laboriosa, todavia, deve ser objeto de preocupação para o governo, essa maioria encontra-se ou estagnada ou decrescente. Algo precisa ser feito, para reverter essa curva, fazendo-a retomar a ascensão, crescendo com mais ímpeto, garra, seja no plano individual, seja no plano grupal. No plano grupal, embora os senões, há neste país o AGRONEGÓCIO que emergiu na década de setenta do século XX, impetuoso e impetuoso prossegue ajudando o país a sair do atoleiro econômico que a esquerda miraculosa liderada pela dupla petista, mas coligada também com vários outros partidos de projeção, legou, deixou como herança macabra. No plano individual, meios existem de incentivo ao trabalho laborioso, tanto criando empregos, como capacitando, incentivando as pessoas ociosas a trabalharem. Nas cidades interioranas, onde sempre existe gente jogando truco a semana toda, há facilidade de criar trabalho a custo menor, na orla urbana e meio rural. Pode se pensar até numa forma de tributo, como chegou a insinuar o apóstolo Paulo, em sua peregrinação pelo mundo, para induzir o individuo à vida laboriosa. Assim como o apóstolo Paulo, na França, bem depois, Calvino, chefe religioso, Santo Agostinho, em suas pregações contra o preconceito dominante na época, considerando o trabalho pejorativo, opróbrio, próprio para os degredados nas galés, ou, escravos.

De volta a politicagem, a tal república bolivariana, sublimada pela dupla petista como redentora, vem despencando, em cadeia, por toda América, inclusive, a Bolívia, cujo caudilho da era moderna, tentou, por meio de plebiscito, eternizar-se no cargo de presidente, porém, foi fragorosamente derrotado pela maioria da altiva gente daquele país, eleições, com alternância do poder, regra de ouro da democracia, deverão ser realizadas, brevemente, quanto mais se alterna o poder, oxalá, por outro de partido oposto, mais oxigenada fica a república, benefícios reais, em termos de progresso e bem-estar, são carreados a todos os segmentos da sociedade. O seu inverso, é ruim, amargo, para a sociedade eleitora, quanto menos alternância, benefícios maiores, privilégios, mordomias para governantes sustentados, com impostos oriundos dos governados. Resta, assim patrício leitor, a Venezuela bolivariana, menina dos olhos do ex-presidente Lula, que tinha no então falecido presidente Hugo Chávez, sua inspiração, resta no poder o presidente Maduro que reluta em amadurecer, a forma bolivariana de governo, promovendo a conciliação nacional, convocando eleições gerais.

Pois bem, de volta a vida laboriosa, ela, além de alimentar o organismo, por meio do pão nosso de cada dia, alimenta também, o espírito, como dito, em outros artigos publicados pelo valoroso Diário da Manhã, consoante o proverbial adágio – mente vazia oficina do diabo – por isso, o trabalho, mais do que pecúnias, constituí bálsamo para a vida. A vida laboriosa é criativa, se auto-alimenta, nem bem você galga um degrau, descobre os meios para escalar outro. A ociosa, ao contrário, é dispersiva, embota a mente, desencaminha as pessoas para o mais escabroso abismo: brigas, jogatinas, drogas, suicídios, mutilação da própria vida. O PIB é o somatório de toda riqueza nacional, num determinado tempo, o trabalho produtivo, honesto, ordeiro, mesmo, em dose ínfima, ajuda a engordar o PIB nacional. A vida sem trabalho, faz o contrário, ajuda a passar rasteira nele, por isto mesmo, o ócio é pernicioso as pessoas, e, por conseguinte, a democracia.

Mostrando a cara, pujança de sempre, o AGRONEGÓCIO prossegue ajudando a economia nacional, ora estagnada. A safra deste ano, só de grãos, deve produzir 221 milhões de toneladas, em 60 milhões de hectares, alcançando um crescimento de 20%, em relação à 2016, influenciando a produção bovina e o aumento de venda de máquinas agrícolas, peças, insumos, ampliação das exportações, internando, carreando divisas de que muito carece à nação. Diferente da economia, no seu todo, o PIB do AGRONEGÓCIO, que constituí 23% da produção brasileira, deve crescer 2%, enquanto a projeção do PIB nacional, com todo otimismo, sinaliza crescimento de 1%. Prossegue ele, deste modo, na linha de frente, carro chefe, na luta homérica que se faz, para tirar o país da atual recessão econômica. Aproveitando o ensejo, tomo carona, com um dos maiores sábios da antiguidade, Aristóteles, naquele tempo, já argumentava: se o homem é o único que possui o dom da palavra, ele é também, o único entre os animais, que sabe discernir o bem do mal, o justo do injusto, para criticar, e, de forma mais ousada, mesmo condenar, o individuo de índole preguiçosa, por não concordar que, enquanto a maioria trabalha de forma ordeira, honesta, uma minoria vive a ludibriá-lo.

Continuando, na esteira do pensamento aristotélico, argumentava ele, “a comunidade política tem em vista a realização do bem”, então, questiono como chegar ao máximo de bem, sem a contribuição de tanta gente sem vontade para o trabalho? Meios existem, tempo houve para que os arquitetos da abertura democrática, sucessivos governantes do país, transcorridos mais de trinta anos, criassem os meios, fundados na constituição cidadã de Ulisses Guimarães, promovessem investimentos geradores de empregos, e, calcados, na moral e civismo, ministradas nas escolas, tempo houve, para forjar a cultura política, induzindo-os, pacificamente, sem tributos, ao trabalho produtivo. Entretanto, Tancredo e Ulisses se foram, os que restaram, grande maioria de pseudos dirigentes, quedaram, crendo que a constituição cidadã emancipasse, como vara de condão, milhões de patrícios deserdados da sorte.

Duas falácias: uma, criação de trabalho, sem sublimar, eleger os meios, outra, distribuição de renda, sem investir, em dose cavalar, e, qualidade, na educação, pois, não existe neste planeta maior fonte distribuidora de renda do que o saber. A maior revolução que se pode fazer, neste caso, passa, obrigatoriamente, pela cultura, muito diversa da revolução bolivariana, liderada pelo petismo, quando no comando da república. Em vez disso, fizeram algo bem diferente, passaram a fraudar, como nunca dantes visto as contas públicas, aumentando sobejamente, a subcultura patrimonialista, pasme! Tão agigantada, que acabou escancarada e denunciada, pela imprensa, maior aliada da sociedade contribuinte. A começar pelo “Mensalão”, apurado, pelo STF, comandado pelo seu austero, ora, já legendário, ex-presidente, Ministro Joaquim Barbosa.

Pela primeira vez, na história deste país, figurões da mais alta corte foram denunciados e condenados, alguns, ainda, cumprindo penas. Dessa forma, nem bem terminava o “Mensalão”, entrava, em apuração, pela operação Lava Jato, “O Petrolão” indiciando, incriminando novamente figurões da alta cúpula. Agora, comandada pelo Juiz Sergio Moro, ora a estrela mais brilhante da constelação de personalidades, deste país, com 66%, de popularidade, os outros, mal chegam aos 30%. Além do mais, Moro integra a lista das 100 maiores personalidades do mundo, erigida pela Revista Times, de projeção internacional.

 

(Josias Luiz Guimarães, veterinário pela UFMG, pós-graduado em filosofia política, pela PUC-Go, produtor rural)

]]>

Tags

Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

últimas
notícias