Reta final para as urnas
Diário da Manhã
Publicado em 24 de setembro de 2018 às 22:52 | Atualizado há 6 anosAgora estamos a apenas 13 dias das eleições. São, lembro, apenas 13 dias para o povo escolher seus representantes. Bom lembrar que vamos às urnas para eleger deputado federal, deputado estadual e dos senadores, mais presidente da República e governadores. A disputa pela presidência da República hoje, está entre Bolsonaro e Haddad contudo, não é uma polarização consolidada e nestes dias pode haver uma reação de Ciro Gomes ou, menos provável, de outro candidato, embora as pesquisas indiquem que os demais já se perderam pelo caminho. O que também chama a atenção nesta disputa eleitoral são as escolhas dos senadores. Minas, por exemplo, deve eleger Dilma para uma das vagas do Senado. Ela vai ocupar uma cadeira legislativa ao lado de Fernando Collor que, como ela, foi defenestado,do governo pelo Congresso. Ambos, no Poder, padeciam do mal da prepotência e nunca dialogaram com o Legislativo. O estranho é que Dilma lidera uma corrida para representar um estado com o qual nunca demonstrou identidade. Para se medir nível do nosso futuro parlamento, basta dizer que Dilma deverá ser a grande novidade no Senado, ao lado de Eduardo Suplicy, que tenta retornas e lidera as pesquisas em São Paulo, e de Tiririca, que ameaçou desistir mas segue firme para ser novamente campeão de voto. Claro que parte deste desastre se deve aos atuais congressistas que fizeram o que batizaram de “reforma política” para que haja o mínimo de renovação. E é o que está previsto. Desta forma o novo presidente, se quiser mesmo implementar as reformas tão necessárias para o paios, vai enfrentar dificuldades. Terá que agir enquanto ainda estiver com o “cheiro das urnas”, enviando suas propostas para o Congresso nos três primeiros meses de governo e agilizar as discussões e votações. Principalmente a chamada reforma política Se não agir rápido, não aprova nada. No Brasil o presidente depois de seis meses na cadeira, não consegue nada com o Congresso. É que a partir daí, eles só aprovam o que é de interesse deles ou o que, claro, foi definido no “balcão da governabilidade” ou no “balcão de negócios”, como queiram.
(Paulo César de Oliveira, jornalista e diretor-geral da revista Viver Brasil e do jornal Tudo BH)
]]>