Saúde perto de você
Diário da Manhã
Publicado em 3 de junho de 2016 às 02:26 | Atualizado há 2 semanasComeçamos em janeiro de 2013 uma grande reforma estruturante da saúde pública municipal em Caldas Novas. Estabeleci como prioridade de mandato a saúde, pois ela é determinante na qualidade de vida da população.
Elenquei no pódio de prioridades a saúde, no topo, e, em segundo, a educação, com sua capacidade de melhorar a cidade para o futuro. Em terceiro, defini a infraestrutura, muito necessária à metrópole que estamos nos tornando, e por último neste hall de elementares, a segurança pública, que é obrigação do Estado, mas o município pode contribuir propiciando iluminação pública, limpeza de lotes baldios e serviços de monitoramento por câmeras, como instalamos nas ruas, via Superintendência de Trânsito.
Como relatei no último artigo, a vontade de priorizar a saúde veio ainda da minha época de menino, quando fiquei órfão aos 17 anos depois de ver minha mãe falecer aos 39 anos de idade vítima de um AVC. Muito tempo depois, quando recebi do povo o direito de estar prefeito, já sabia que uma rede pública de atendimento médico só pode ser bem estruturada se contemplar as etapas de prevenção, média e alta complexidade.
O primeiro desafio que encontrei neste mandato foi acabar com a fila da regulação. Tínhamos esperas intermináveis, com pacientes madrugando nos prédios públicos. Fui atrás de um sistema informatizado, que permitisse que o próprio médico das unidades de saúde já agendasse o retorno e a consulta com o especialista. Isso diminui muito a espera física. Gastando muito pouco com o sistema e, sendo criativos, conseguimos uma solução eficaz e nossos índices de satisfação melhoraram consideravelmente. A classificação de “bom” e “ótimo” saltou para mais de 80%.
O próximo desafio era estruturar as redes básicas. Não adiantava mandar o paciente para o posto de saúde e deixá-lo esperando lá, sem a infraestrutura mínima necessária para tratá-lo. Por isso fui à Brasília, peregrinei, busquei meios para que o Governo Federal nos auxiliasse na construção, reforma e ampliação das unidades básicas de saúde.
Todos sabem que estamos passando por umas das piores crises econômicas dos últimos 200 anos da história recente do Brasil. Ainda assim, no meio desta tormenta econômica e política – que culminou até no impedimento da presidente Dilma Rousseff – consegui recursos federais para ampliar os mini hospitais dos bairros. Não foi fácil, contei com ajuda da deputada federal Magda Mofatto e muitos outros guerreiros, como os amigos Rubens Otoni e Heuler Cruvinel, que sempre foram amigos do povo de Caldas Novas.
Assim, modernizamos as unidades do Itanhangá 2 (a primeira foi construída no meu primeiro mandato de prefeito), fizemos o hospital do setor Universitário e o que atende o populoso e importante bairro do Parque Real. Estão na reta final os hospitais das Mansões das Águas Quentes, o do setor Terezinha Palmerston e do Itaicí, que vamos entregar em muito breve.
A unidade do Santa Efigênia, que é enorme, dado a imensa procura, vamos entregar também nos próximos meses totalmente reformada e ampliada, assim como fizemos com o histórico colégio modelo Santa Efigênia, a maior instituição municipal de ensino do Sul de Goiás.
Para os serviços de média complexidade, fixamos a meta de entregar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Caldas do Oeste. O objetivo dela é atender exclusivamente os moradores de Caldas Novas. Pela lei, a UPA do Centro deve atender 18 municípios da região e os milhões de turistas que nos visitam.
Das três metas que estabelecemos em 2013, estamos concluindo duas já agora, em junho de 2016. O terceiro de meus objetivos é instalar as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em Caldas Novas até dezembro.
Sabemos que nossa cidade já tem mais de 100 anos de emancipação política – e muitos gestores que me antecederam não tiveram a preocupação de construir as UTIs – e que mais de 82% dos municípios brasileiros não contam leitos de alta complexidade, como retratou reportagem do Fantástico, da rede Globo, nos últimos 15 dias. Mas, nada me coloca medo, muito menos me desanima.
Creio e sei que vamos inaugurar as UTIs em Caldas Novas. Planejamos, começamos e vamos colocá-las prontas à sociedade via Sistema Único de Saúde (SUS). Minha missão de melhorar a rede básica, de média e alta complexidade na saúde pública de Caldas Novas estará completa. Como isso será possível e quais caminhos segui será tema do meu próximo artigo neste mesmo jornal.
(Evandro Magal, prefeito de Caldas Novas, ex-deputado estadual e secretário de Estado)
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