Opinião

STF que envergonha

Diário da Manhã

Publicado em 8 de setembro de 2018 às 21:43 | Atualizado há 6 anos

In­fe­liz­men­te, ven­ceu o ne­fas­to cor­po­ra­ti­vis­mo! E com a ab­sur­da pres­são da nos­sa Su­pre­ma Cor­te, o pre­si­den­te Mi­chel Te­mer, com a fa­ca no pes­co­ço, já que, tam­bém é in­ves­ti­ga­do na La­va Ja­to, ce­de e vai en­vi­ar um pro­je­to de lei or­ça­men­tá­ria pa­ra o Con­gres­so, pa­ra que se­ja con­ce­di­do re­a­jus­te ao fun­cio­na­lis­mo fe­de­ral em 2019 (que de­ve­ria ser so­men­te em 2020), e tam­bém aos ma­gis­tra­dos de 16,38%, as­sim co­mo os mi­nis­tros do STF, exi­gem. Com es­se re­a­jus­te os mi­nis­tros dos R$ 33,760 mil que re­ce­bem por mês vão pas­sar a re­ce­ber R$ 39.293,32. E o tom­bo nas con­tas pu­bli­cas com es­se ab­sur­do re­a­jus­te se­rá de R$ 6,9 bi­lhões.  Po­rém o efei­to se­rá em cas­ca­ta, ou se­ja, to­do fun­cio­na­lis­mo pu­bli­co com o no­vo te­to sa­la­ri­al de R$ 39.293,32, se­rá re­a­jus­ta­do na pro­por­ção tam­bém… É bom lem­brar que es­ses mi­nis­tros tra­ba­lham ape­nas 170 di­as por ano (por­que se be­ne­fi­ci­am de fé­rias de 60 di­as e múl­ti­plas ou­tras fol­gas), re­ce­be­ram de sa­lá­ri­os em 2016, R$ 438 mil, ou €122 mil. Fo­ra os pen­du­ri­ca­lhos de va­le li­vro, au­xí­lio-mo­ra­dia, etc. E em com­pa­ra­ção, ma­gis­tra­dos das Su­pre­mas Cor­tes da Uni­ão Eu­ro­peia, que tra­ba­lham 219 di­as por ano, ou 49 di­as a mais do que os do STF, re­ce­bem em mé­dia R$ 234 mil, ou € 65 mil eu­ros, ou ape­nas 54% do que re­ce­bem os da nos­sa Cor­te, co­mo in­for­ma o pro­fes­sor Jo­sé Pas­to­re, em seu ar­ti­go no Es­ta­dão. Ou se­ja, não es­tão pre­o­cu­pa­dos com o de­sas­tro­so dé­fi­cit fis­cal e ain­da cho­ram de bar­ri­ga cheia… Uma ver­go­nha!

(Pau­lo Pa­nos­si­an, via e-mail)


Chorei

Mu­seu Na­ci­o­nal do Rio de Ja­nei­ro. Aque­le fo­go es­ta­va a mais de 1.000km dis­tan­te de mim, mas a te­le­vi­são o co­lo­cou den­tro do meu pei­to. O meu co­ra­ção ar­deu. Sen­ti  dor. Cho­rei. Sé­cu­los de his­tó­ria, cul­tu­ra e des­co­ber­tas ci­en­ti­fi­cas se trans­for­man­do em cin­zas. Pre­ci­o­si­da­des que se fo­ram, mui­to pro­va­vel­men­te por ir­res­pon­sa­bi­li­da­de das au­to­ri­da­des  que mui­to mais que qua­is­quer ou­tros ci­da­dã­os, de­ve­ri­am ze­lar. Há quan­to tem­po aque­les que  não têm o po­der  pa­ra re­sol­ver os pro­ble­mas, gri­ta­vam pe­din­do so­cor­ro pa­ra aque­les que têm, mas eles fa­zi­am ou­vi­dos mou­cos. Uma tra­gé­dia anun­ci­a­da. Ago­ra, co­lo­cam as ca­ras nos ho­lo­fo­tes e fa­lam: va­mos des­ti­nar tan­tos mi­lhões pa­ra a re­cu­pe­ra­ção do Mu­seu Na­ci­o­nal. Fal­ta de ver­go­nha na ca­ra. O Bra­sil vai mal. Es­ta­mos vi­ven­do um tem­po ru­im. Ve­jam  o que que­rem fa­zer de um ho­mem po­dre, is­so é o fim. Se­nhor, ten­de pi­e­da­de de nós.

(Je­o­vah Ba­tis­ta, via e-mail)


Muito triste

 

Do­min­go, Quin­ta da Boa Vis­ta, fa­mí­lias. Pe­la ma­nhã, Jar­dim Zo­o­ló­gi­co, se­gui­do de li­gei­ro lan­che ou mes­mo pi­que­ni­que e à tar­de o Mu­seu Na­ci­o­nal. Im­po­nen­te, si­lên­cio es­pa­cial – Be­den­gó -, es­que­le­tos es­tra­nhos, olha­res in­fan­tis trans­bor­dan­do cu­ri­o­si­da­de. Fim de tar­de, fe­cham-se as por­tas, o bur­bu­ri­nho de vi­si­tan­tes dá lu­gar aos ran­ge­res so­li­tá­rios de ve­lhos pi­la­res de ma­dei­ra, mo­ti­va­dos pe­la tem­pe­ra­tu­ra mais bai­xa da noi­te que che­ga. Cri­an­ças, ao dor­mir, até so­nham com o di­nos­sau­ro re­vi­ven­do. Um in­cên­dio, tam­bém em tar­de-noi­te de do­min­go co­lo­ca tu­do abai­xo e es­fu­ma­ça um pe­da­ço da al­ma ca­ri­o­ca. E pen­sar que seu cus­to anual é me­nor do que o de um ju­iz do Su­pre­mo e que não re­ce­be ver­bas re­gu­la­res des­de 2014. Tu­do mui­to tris­te.

(Pau­lo R. Go­taç, via e-mail)

 

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