Terríveis palavras de um professor à esquerda!
Diário da Manhã
Publicado em 6 de novembro de 2015 às 23:55 | Atualizado há 9 anosRecentemente, atendendo a convite muito especial, compareci à palestra de respeitado professor, na esperança de aprender algo ou, no mínimo, entreter a mente num debate produtivo de ideias.
O tema central da dissertação, conforme anunciado, seria o desafio da educação diante dos recursos atuais, entretanto, foi apresentada uma visão anti-capitalista da sociedade aos moldes dos discursos militantes vermelhos – o ser humano como mercadoria, o trabalhador escravo, a falta de valores advinda da globalização, degenerescência da sociedade em função da capitalização das relações.
Claro que tais situações relativas ao comportamento social moderno não são novidades, mas daí deduzir que tais procedimentos são, unicamente, reflexos de um sistema econômico capitalista é ultrapassar o limite do bom senso.
Citando o “mundo líquido” de Bauman (Zygmunt Bauman – sociólogo polonês ), misturado a frases fora do contexto de Karl Marx, culpando o empresário por seu lucro “pornográfico”, o óbvio professor, sutilmente, tentou modelar a plateia para a conclusão de que a sociedade atual é má pois o sistema econômico, produtivo e social vivido é mal, exclusivamente.
Numa hábil construção entremeada de leves reprimendas ao atual governo federal, críticas ao regime militar e louvação aos valores comunistas, pode-se dizer que mentes mais jovens ou menos atentas são vítimas fáceis dessa falácia travestida de bom samaritanismo.
Olvidou o palestrante em dizer que, em nenhum lugar do mundo, o socialismo/comunismo conseguiu ser mais eficaz ou pelo menos se igualar ao capitalismo, visto que este, de um modo ou de outro, bem ou mal, gera riquezas e auxilia o pobre, enquanto aquele, apenas miséria e sofrimento.
Também não quis lembrar que o Brasil vive mergulhado em ideais de esquerdização, de forma direta desde o Governo FHC, passando por Lula, culminando em Dilma e indiretamente desde 1970, sob a teoria da “válvula de escape” do General Golbey do Couto e Silva, ou seja, o resultado de uma sociedade brasileira de valores relativos e “líquidos” foi diligentemente arquitetado e concretizado pelo projeto econômico e social que tanto admira.
Sem falar que ao mesmo tempo que defendia a sociedade como um todo, uma massa amorfa, houve ataques ao indivíduo, ao aluno-pessoa, numa clara confirmação do quão nefasta pode ser uma doutrina planificadora e igualitária, no sentido da desconsideração das desigualdades do desiguais ou das necessidades do ser único.
Confesso que saí do ambiente muito entristecido, porque assistir pessoas de má índole defendendo o indefensável é bastante normal, porém, presenciar um homem de família, trabalhador e honesto, inteligente e instruído, abraçar uma ideologia tão macabra é desalentador, é como ver uma pessoa de bem totalmente destruída pelo vício das drogas.
(Olisomar Pires, escritor – olisoblog.com)
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