Opinião

Terroristas disfarçados de refugiados?

Redação

Publicado em 6 de outubro de 2015 às 22:27 | Atualizado há 9 anos

Quinta-feira um maluco de 26 anos entrou em duas salas de aula, numa escola no estado de Oregon, na costa oeste dos Estados Unidos, gritando: “Quem é evangélico levante-se por favor.” Antes de começar a disparar sobre os que se levantaram, bradou: “Vocês vão conhecer o seu Deus em um segundo.” Simpatizante do “Ira – Exército Republicano Irlandês”, um grupo de extremistas católicos que, como os extremistas árabes, acreditam numa recompensa divina, com direitos especiais no céu, ou no paraíso, para os que conseguirem assassinar o maior número de pessoas, os “inimigos de Deus”, em atentados, inclusive mulheres e crianças, como os temos visto praticando pelo mundão afora, vivia recluso com a mãe, que é divorciada, num pequeno apartamento repleto de armas e munições e, por falar em “mundão afora”, aproveito o ensejo, para repetir, mais uma vez, especialmente para a mãe da Sophia Penellopy e os que vivem repetindo que Paris seria o melhor lugar para a menina morar, viver, existir, então, pergunto: “Em meio a esses refugiados vindos dos países árabes, que penetraram em inúmeros países europeus, inclusive na França, quantos estarão disfarçados, quer dizer, quantos estarão carregando, em suas mochilas esfarrapadas e insuspeitas, ou até dentro dos seus corpos, pequenos pedaços, pequenas partes desmontadas de artefatos bélicos, fuzis, metralhadoras, bombas para concluírem os seus planos de destruição com atentados nas principais capitais europeias?” Ora, este 2015 não ‘começou’ com o atentado na portaria do jornal satírico Charlie Hebdo, dia 7 de janeiro, que havia publicado uma caricatura com o profeta Maomé, resultado na morte de 12 pessoas e o ferimento em 11 no centro da cidade de Paris?

Os vizinhos do jovem estadunidense dizem que ele só se vestia com calças verdes, dessas de camuflagem usadas pelo exército, botas pretas e camisetas brancas. Volta e meia deparo-me com jovens vestidos assim, e outros, quase que somente de preto, com muitos metais enfiados em vários lugares do corpo. Não deixei furar as orelhas da Sophia Penellopy, agora com 7 anos, e algumas pessoas, especialmente as senhoras, me perguntam: “Por que o senhor não fura a orelhinha dela?” Respondo: “Eu não sabia a razão direito, mas, depois fui pesquisar e verifiquei que em muitos países uma pessoa só pode ser ‘furada’ depois de completar 18 anos.” A conversa muda imediatamente para a inteligência e a beleza extraordinárias da precoce, aliás, no artigo “Palpite todo mundo dá, leite ninguém oferece” brinco com o fato. Lembrei-me também de outro artigo, que “falo” sobre a beleza da So-phia, herança da mãe, o que faz com que muitos me perguntem: “Ela é sua filha?” Quando caem na besteira de perguntar, “diretamente” pra ela, a resposta é o título de outro artigo: “A mãe diz que é, mas pode perguntar lá no posto Ipiranga.”

Eu queria ter terminado o artigo como o macaco que senta em cima do rabo e diz que a banana do vizinho está verde, quer dizer, sem mencionar que ando meio cabreiro, meio maluco, ultimamente, afinal papai sempre dizia que de “médico e louco todo mundo tem um pouco”. Se estou num shopping, num lugar repleto de pessoas me pego pensando: e se um cara aparece aqui e começa a atirar? Muitas vezes me pego andando na rua pensando: quem pode me garantir que um maluco não esteja com a minha cabeça sob a mira telescópica de uma arma apoiada no batente duma janela lá do outro lado da cidade? Essa convivência pacífica, entre católicos e evangélicos no Brasil, suporta uma contenda sobre o homossexualismo? Até.

 

(Henrique G. Dias é jornalista)

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