Opinião

Trabalho infantil: índices aumentaram em 2015

Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2015 às 21:21 | Atualizado há 9 anos

No Brasil, ainda existem mais de 3 milhões de crianças entre 5 e 7 anos de idade que trabalham, além de outras 70 mil, com no máximo 9 anos, em atividades remuneradas. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que estima: uma em cada quatro crianças deixou a escola, trabalha em condições degradantes e recebem baixos salários.

De acordo com o IBGE, em cinco anos, foram registrados mais de 12 mil acidentes de trabalho envolvendo menores. As principais formas de trabalho infantil são o trabalho escravo; a exploração sexual; a destinação para atividades ilícitas, como tráfico de drogas, e trabalhos que oferecem risco à saúde – no lixo, nas pedreiras, no carvão e nas indústrias do tabaco.

Do total de crianças exploradas, pouco mais da metade está na zona urbana. Dessas, 61% não recebem salário fixo e 90% sofrem prejuízos escolares. A ocorrência do trabalho infantil, ainda conforme o Instituto, está vinculada a pobreza, a desigualdade social, a baixa escolaridade e a cultura da exploração.

Para combater a prática de exploração do trabalho infantil, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) lançou campanha nacional, segunda-feira, 14/12, com o tema Trabalho Infantil – você não vê, mas existe. O Tribunal destaca que ainda existem muitas autorizações judiciais de trabalho concedidas a menores, a partir dos 9 anos de idade. Entre 2005 e 2010, foram 30 mil.

O Brasil se comprometeu a acabar com o trabalho infantil, mas, em 2015, esse tipo de ocupação não só não diminuiu como teve o maior aumento dos últimos 10 anos. Esse é o principal argumento da ministra do TST Kátia Magalhães Arruda, para defender o lançamento da campanha Trabalho infantil: você não vê, mas existe, que está sendo exibida em rede nacional pelas emissoras de TV e rádio, além de cinemas.

Ela se refere aos últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2014, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registrou um crescimento de 4,5% (143,5 mil) no número de crianças e adolescentes trabalhadores, de 5 a 17 anos, em relação a 2013. Especificamente na faixa etária entre 5 e 13 anos, que caracteriza trabalho infantil, essa taxa subiu ainda mais—cerca de 9%.

Na minha vida pública tenho defendido que apenas através da educação poderemos fazer uma ampla e profunda transformação social no País. Também defendo leis rígidas para combater o trabalho infantil, tanto nas cidades como nas propriedades rurais, país afora,

Sandes Júnior, radialista, apresentador de televisão, deputado federal pelo PP

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