Opinião

Trânsito e o respeito à vida

Diário da Manhã

Publicado em 22 de julho de 2016 às 02:39 | Atualizado há 8 anos

Pensar o trânsito é um dos maiores desafios de nossa Goiânia. Estamos expostos todos os dias a várias situações de violência e de desrespeito nas ruas, avenidas e rodovias que passam por nossa cidade. Entre as grandes capitais brasileiras, Goiânia expandiu e hoje, além dos inúmeros casos de acidentes, mortes e hospitalização, os goianienses desejam segurança e um percurso entre a casa e o trabalho, a escola, os espaços de lazer sem congestionamento ou pontos de estrangulamento, com asfalto em boas condições, sem buracos, e um profissional de trânsito pronto para ajudar as pessoas quando for necessário.

O direito de ir e vir com segurança é um direito de todos, previsto no Código de Trânsito Brasileiro e na Constituição Federal. Acredito que várias medidas devem ser tomadas ao mesmo tempo para que tenhamos um trânsito melhor, com ênfase na manutenção permanente das vias; planejamento de intervenções que reduzam o tempo nas vias, como corredores exclusivos de ônibus; priorização do transporte público, utilizado por grande parte da população, sobretudo pelas pessoas mais humildes. Transporte público de Qualidade é reflexo do cuidado da gestão com as pessoas e a cidade. É sinônimo de dignidade.

Cuidar do interesse e do patrimônio público também é necessário por meio da fiscalização dos contratos com as empresas de ônibus, que devem ser cumpridos com eficiência, garantindo pontualidade, qualidade e paz na mobilidade urbana.

Uma cidade perfeita no trânsito não é a que se preocupa apenas com o fluxo dos carros, mas é a cidade em que qualquer pessoa tem a opção de trafegar com uma bicicleta com segurança. Investir em ciclofaixas e ciclorotas também é investir na saúde das pessoas e, consequentemente, em opções de mobilidade urbana sem veículos motores.

A administração pública também deve trabalhar por um trânsito mais humano, que respeite a vida. As campanhas educativas são essenciais e devem ser constantes para sensibilizar e esclarecer a sociedade quanto a atitudes que garantam a paz no trânsito, em especial junto às crianças e jovens, que influenciam os adultos e, no futuro, terão condutas de respeito ao outro quando forem condutores. Intervenções diretas em locais com risco de acidentes na cidade, como lombadas, faixa em locais de atropelamento devem ser implantadas.

A cidade deve ser conclamada a construir, a partir da atitude cotidiana de cada um, junto a ações desenvolvidas pelo Poder Público, um trânsito de paz, de tolerância, de respeito à vida e à integridade de cada pessoa que transita por ela.

 

(Adriana Accorsi, deputada estadual e delegada de polícia)

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