Opinião

Violência: crime organizado ou grupos radicais?

Diário da Manhã

Publicado em 12 de julho de 2016 às 02:38 | Atualizado há 9 anos

Com o assassinato de mais 50.000 brasileiros por ano, roubos a carros fortes, invasões a pequenas cidades, incêndios em favelas e comércios, o modo operandi dos criminosos, e as armas utilizadas por eles, para quem entende um pouco desta matéria, não deve ter dúvidas sobre o tipo de violência que toma conta do País. Violência e crimes, sempre existiram no Brasil e no mundo. Seria ótimo se isso não fosse verdade. Infelizmente, não só é verdade, como recrudesce a cada dia, provocando pavor à sociedade e insegurança às famílias. A esta altura dos acontecimentos, acreditamos que os estudiosos do assunto já perceberam a gravidade do problema e monitoram os protagonistas desta guerra suja. Com a estrutura e técnica que os criminosos atuam, fica claro que não se trata de bandidos comuns. Se aprofundarmos nas investigações, dentro de pouco tempo vamos descobrir a quem interessa esta situação e quem está por trás desses atos desumanos e cruéis. O problema não é mais apenas uma questão de segurança pública, que poderia ser resolvido pelos governos dos Estados. Pelo tamanho e efeitos do problema, sem nenhuma dúvida, fere a soberania e a segurança nacional, o que, por si só, já transfere a solução da desordem para o governo federal que, com o emprego, também, das forças federais, colocará ordem na casa.

A operação lava jato, e tantas outras que vem sendo deflagradas no território nacional, está revelando um país contaminado pelo vírus da corrupção, pela eficiência das organizações criminosas e pela violência urbana e rural, agravada com uma forte dose do veneno das ideologias que pregam a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Como podemos ver, claramente, não se trata de crimes comuns, pelo contrário, trata-se de uma tentativa desesperada dos criminosos de implantarem um modelo de sociedade que separa os ricos dos pobres, e que não tem nada a ver com a cultura e a formação do povo brasileiro. Como este projeto parece ter sido abortado pelo novo governo, os inconformados e supostos prejudicados com o fechamento das torneiras dos cofres públicos, para sobreviverem, estão fomentando a desordem e a violência, como forma de provocar o caos social e a instabilidade do País. Para isso, criaram, instruíram e armaram grupos antagônicos a sociedade organizada, com o objetivo de conquistarem o poder e implantarem um novo sistema político no Brasil. A sociedade e as autoridades precisam estar atentas aos primeiros sinais que vem das ruas e do campo. Aliás, não são poucos e nem são mais sinais, são fatos reais e praticados à luz do dia, em todas as partes do Brasil.

Há uma corrida interminável entre os políticos, pela busca do poder e pela defesa intransigente dos seus atos junta a justiça do País. Enquanto eles brigam pelos seus interesses pessoais, o povo, que sempre ficou em segundo plano, padece pela falta de emprego, de saúde, de educação, de moradia e de segurança pública. Para esses excluídos, as vezes uma das saídas é entrarem para o mundo do crime, alegando falta de condições para viverem, com o mínimo de dignidade. Para tanto, contam ainda com a tolerância excessiva das autoridades, a impunidade e a frouxidão da legislação penal. Para o bem do Brasil e a tranquilidade dos brasileiros, é necessário que os cidadãos e os governantes se unam numa corrente de solidadriedade ao trabalho, a justiça, a verdade, a ética e aos bons costumes. É neste ponto que o Rotary, como organização humanitária, composta de voluntários, homens e mulheres, que trabalham pela paz no mundo, através do servir, prega a ética, como um princípio que não pode ter fim, a paz nas famílias, nas comunidades e entre as nações. Esse é o grande legado que podemos deixar para as futuras gerações.

 

(Gercy Joaquim Camêlo, governador do Rotary International, Distrito4530)

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