MP pede prisão do PM que matou homem negro pelas costas em SP
A Promotoria considerou o motivo do crime fútil por ter reagido de forma desproporcional ao furto de produtos de limpeza, além de o PM ter usado um meio que impossibilitou a defesa da vítima e ter colocado outras pessoas em risco, uma vez que fez os disparos na rua.
Alison Luz - Estágio DM
Publicado em 5 de dezembro de 2024 às 14:16 | Atualizado há 4 semanasO ministério público de São Paulo, pediu a prisão do militar que executou um jovem negro no dia três de Novembro em frente a um supermercado na zona sul da capital.
Segundo a promotoria de justiça “está provada a existência do crime e existem indícios suficientes de autoria” e ressalta que a liberdade do acusado “põe em risco a ordem pública e prejudicará a instrução processual”, que é a fase em que são colhidos depoimentos e coletadas provas, pois poderá deixar as testemunhas com medo de falar. Ainda de acordo com a Promotoria, o PM “praticou homicídio qualificado” e “efetuou diversos disparos contra a vítima pelas costas, que estava completamente desarmada e indefesa. Indicando, portanto, dolo exacerbado e brutalidade na prática do delito por ele intentado”.
A Promotoria considerou o motivo do crime fútil por ter reagido de forma desproporcional ao furto de produtos de limpeza, além de o PM ter usado um meio que impossibilitou a defesa da vítima e ter colocado outras pessoas em risco, uma vez que fez os disparos na rua.
Vinicius também é investigado pela morte de dois homens em São Vicente, no litoral de São Paulo. O policial, que estava de folga no dia do crime, foi afastado de suas funções só um mês depois, após a gravação vir à tona.
Ele foi reprovado no exame psicológico do concurso da Polícia Militar em 2021, quando tentou ingressar na corporação pela primeira vez. Em 2022, prestou a prova novamente, e desta vez, foi reprovado.
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