Agressor terá que ressarcir gastos com vítimas de violência doméstica
Redação
Publicado em 27 de abril de 2018 às 02:14 | Atualizado há 7 anosA Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou o projeto relatado pela senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) e de autoria da senadora Marta Suplicy (MDB-SP) que prevê o ajuizamento de ação regressiva da Previdência Social contra os responsáveis por violência doméstica e familiar. Na prática, a proposta estabelece o uso da Previdência de agressores para o ressarcimento aos cofres públicos de gastos com as vítimas. A proposta foi encaminhada para a Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS). “A aprovação do projeto contempla de forma equitativa e benéfica os interesses das mulheres, da Previdência Social e da sociedade, bem como deve propiciar uma redução significativa no número de crimes dessa natureza, além de atuar como medida punitivo-pedagógica aos agressores”, disse Lúcia Vânia.
No relatório, a senadora goiana destacou que o pagamento pela Previdência Social das prestações decorrentes da violência doméstica, não exclui a responsabilidade civil do responsável. Lúcia Vânia também ressaltou que a Procuradoria Geral (PGF) já vem ajuizando ações regressivas previdenciárias em todo o país e, como não há previsão expressa na lei, acaba causando resistência no Poder Judiciário. “Trata-se de evidente lapso legislativo que vem dificultando o ajuizamento de ações nesses casos. É imprescindível que essa lacuna seja preenchida em nosso ordenamento jurídico”, avaliou. “Como relatora da Lei Maria da Penha aqui no Senado, sinto-me contemplada com este projeto de grande importância”, comemorou Lúcia Vânia. Autora da proposta, senadora Marta, avaliou que o projeto vai inibir comportamentos agressivos e violentos contra a mulher. “É fundamental que os agressores sejam coibidos, controlados e reeducados para o respeito à dignidade humana”, disse
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