Politica

Alysson renuncia à vaga: “Não acredito na comissão”

Redação

Publicado em 1 de abril de 2017 às 01:38 | Atualizado há 8 anos

A primeira reunião da Comissão Especial de Inquérito do Transporte Coletivo realizada ontem foi marcada pela renúncia de um de seus integrantes. Alysson Lima (PRB), do Bloco Juntos por Goiânia, apresentou o pedido para sair da comissão, em caráter irrevogável. Ele alegou que se sentia desconfortável com relação à eleição da relatoria. “Tenho convicções pessoais que houve erro, mas espero estar errado e vou torcer para que a comissão chegue ao final dando respostas à população”, declarou.

“A eleição do Clécio [Alves (PMDB), para presidente] foi legal, mas a do Anselmo não, então há vício. Eu não quero ficar em uma comissão em que eu não acredito”, pontuou ele. Alysson disse ainda que pretende seguir com seu trabalho como repórter investigativo e atuando em outras comissões, como a do BRT, para “não gerar mal-estar e desconforto”.

O pedido foi aceito pelo presidente da CEI, Clécio Alves (PMDB) solicitando que o vereador, enquanto parlamentar, continue a colaborar com os trabalhos investigativos da comissão. O vereador Juarez Lopes (PRTB), suplente indicado pelo bloco Juntos por Goiânia, será convocado para ocupar a vaga.

Clécio apresentou aos colegas documento do Ministério Público que impetrou ação civil pública de obrigação de fazer contra a Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC) e as concessionárias vencedoras de licitação efetuada em 2008 que deveriam prestar o serviço de transporte de passageiros, “com observância das condições de regularidade, continuidade, segurança, atualidade, generalidade, cortesia e modicidade das tarifas”.

Segundo o documento, “essas condições não vêm sendo cumpridas pelas empresas, como tem sido rotineiramente divulgado pelos meios de comunicação, que retratam com frequência a precariedade e a má qualidade do serviço prestado à população, exposta à superlotação dos veículos, insegurança nas plataformas, irregularidades nas linhas, entre outros problemas”. Na ação, a promotoria pede inclusive que se as empresas não cumprirem o que foi firmado serão penalizadas com a suspensão do contrato vigente.

Os membros da comissão aprovaram requerimento para que façam visita à promotora Leila Maria de Oliveira para firmarem parceria no sentido do poder Legislativo, por meio da CEI, e o MP possam trabalhar em sintonia nas ações.

Outro requerimento aprovado trata de visita ao presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, desembargador Gilberto Marques Filho, para solicitar apoio daquele poder ao trabalho da comissão.

Também aprovaram pedidos à presidência da Casa para que seja efetuada uma audiência pública em conjunto com todas as câmaras de vereadores das 20 cidades que compõem a Região Metropolitana e que integram o sistema de transporte coletivo para levantarem os problemas de cada localidade. Por fim, pediram para a presidência suporte administrativo para as diligências externas que deverão ser feitas pelos membros da comissão.

]]>


Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

últimas
notícias