Após casos de assédio e tentativa de estupro, Câmara Municipal inicia a campanha “Não Vai Ter PSIU!”

Após denúncia de casos de assédio e uma tentativa de estupro nas dependências da Câmara Municipal de Goiânia, a campanha educativa “Não Vai Ter PSIU!” tenta incentivar o respeito e valorização à mulher na Casa, de acordo com o presidente Andrey Azeredo (PMDB).

Panfletos e cartazes da campanha, lançada na última semana, começaram a ser distribuídos nas salas, gabinetes e nos corredores da Casa, para servidores e visitantes.

As informações do portal da Câmara reforçam que as mulheres devem seguir as dicas – como ter o número da Polícia Militar gravado no celular, evitar deixar o carro em locais distantes, escuros e sem visibilidade e estar atenta ao que acontece à sua volta – para estarem seguras fora da Casa.

Já para manter a segurança na Câmara, as dicas são: ligar para o Gabinete Militar em casos suspeitos e diante de atitudes desrespeitosas fazer um relato no canal da Ouvidoria.

Outra informação veiculada é a de que, se necessário, quando a servidora sair tarde após evento na Câmara, pode informar o Gabinete Militar para ter a companhia de um policial até seu veículo.

A iniciativa quer que as mulheres não se calem e denunciem os assédios. No material de divulgação há os números de telefones para onde ligar nesses casos.

Andrey Azeredo, também anunciou que vai reforçar o sistema de câmeras do circuito interno de segurança, mas ainda não há data definida para que a medida seja implementada.

Comemoração

A campanha faz parte das ações em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, que será comemorado com uma Sessão Solene no plenário, a partir das 9 horas, com a apresentação da musicista Ellen Lara e Coral. Também haverá a entrega de Diplomas de Honra ao Mérito a cidadãs homenageadas pelos parlamentares, além de outras atividades como palestra e práticas integrativas de acupuntura, Reiki e outras terapias.

Abusos

No último dia 21, a vereadora Drª Cristina (PSDB), utilizou a tribuna da Câmara para denunciar que os casos de assédio no local tinham deixado de ser eventuais e se tornado rotina. De acordo com o noticiado, desde o início do ano, homens ocupam espaço dos corredores e constrangem as servidoras da Casa.

O intenso movimento de pessoas dentro da Câmara, sem medidas de controle, foi um dos fatores listado como facilitador aos casos de assédio. Em entrevista ao DM, a parlamentar disse esperar que o presidente da Câmara tomasse o controle com medidas cabíveis, para evitar o constrangimento das servidoras.

Uma semana depois da denúncia, no dia de lançamento da campanha (1º de março), uma das assessoras da parlamentar foi vítima de uma tentativa de estupro em um dos banheiros femininos da Casa. A vereadora relatou o caso e lamentou a insegurança no local:“Ali não tem segurança, não tem controle nenhum”.

O homem, que não trabalhava na Câmara e já tinha passagens pela polícia, foi detido pela Guarda Civil Metropolitana  e levado à delegacia.