Após decisão do TSE, Lula aumenta vantagem e vai a 37
Diário da Manhã
Publicado em 4 de setembro de 2018 às 03:00 | Atualizado há 6 anosA decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de impedir a candidatura do ex-presidente Lula (PT) não tirou votos, ao contrário, o petista passou de 35% para 37% nas intenções de voto. É o que revela pesquisa eleitoral encomendada pelo Banco Pactual BTG junto ao Instituto SSB Pesquisa. O levantamento foi realizado no sábado (1) e domingo (2).
Na pesquisa estimulada, Lula vai a 37%, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) permanece com 22%, a ex-ministra Marina Silva (Rede) caiu de 9% para 5%, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) subiu de 5% para 7%, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) permaneceu estacionado em 6%, o banqueiro João Amôedo (Novo) tem 4% e o senador Álvaro Dias (Podemos) tem 3%. Na espontânea, Lula caiu de 26% para 21%. Bolsonaro cresceu de 19% para 21%. Ciro dobrou de 2% para 4%. Alckmin e Marina oscilaram de 2% para 3%, mesmo percentual de João Amoêdo.
Para o jornalista Leonardo Atchuck, do site Brasil 247, “a pesquisa foi realizada por telefone, como outras que o mercado financeiro tem patrocinado e institutos menores têm realizado e elas apresentam costumeiramente uma sobre valorização de Bolsonaro e dos candidatos da direita e um subdimensionamento do nome de Lula, por não abordar os 10% mais pobres do País, que não têm telefone”.
No cenário com ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) no lugar de Lula, o deputado Jair Bolsonaro avançou de 24%, no levantamento da semana anterior, para 26%. Marina Silva, por sua vez, experimentou queda de 3 pontos, de 15% para 11% e seu lugar foi ocupado por Ciro Gomes que ganhou 4 pontos, saltando de 8% para 12%, assumindo tecnicamente o segundo lugar.
Alckmin oscilou para baixo, de 9% para 8%, enquanto Haddad ganhou um ponto e foi para 6%. A pesquisa FSB/BTG Pactual divulgada ontem, tendo sido registrada no TSE com o número BR-01057/2018, o levantamento entrevistou 2 mil pessoas, por telefone, no último dia 28 de agosto.
O PT vai encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e também a sua defesa em relação ao julgamento do TSE. A defesa do ex-presidente argumenta que, de acordo com a Lei da Ficha Limpa, todo candidato cuja condenação ainda caiba recursos não pode ser impedido de disputar as eleições. Pesa em favor de Lula a determinação da ONU (Organização das Nações Unidas) de que sejam respeitados os direitos políticos do ex-presidente e que seja concedida as condições para que ele dispute as eleições. A tendência do Supremo é levar o caso a julgamento antes do dia 15, prazo final para o registro de candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.
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