Após vitória, Edward tira férias da política
Diário da Manhã
Publicado em 8 de julho de 2017 às 05:21 | Atualizado há 8 anosO professor Edward Madureira foi uma das boas surpresas na política em 2014. Disputando mandato de deputado federal pelo PT ele somou 58.466 votos, dos quais 32.123 em Goiânia. Edward ficou na primeira suplência, mas demonstrou que é possível ser bem votado, mesmo sem apoio de grandes grupos financeiros – como é regra na maioria das campanhas de deputados federais. “Tivemos uma grande votação e a maioria destes votos foi resultado de nossa passagem pela universidade”, aponta.
Após as eleições, Edward Madureira foi sondado para ser secretário de Educação no município de Goiânia, pelo ex-prefeito Paulo Garcia (PT), e teria tido convite também para ocupar a mesma função no governo do Estado. Em entrevista à Rádio 730, no programa Primeira Hora da Notícia, Madureira confirma as sondagens, mas garante que optou pelo projeto de retornar à reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), cargo que havia ocupado antes no período de 2006 a 2013.
Eleito para um novo mandato para o quinquênio 2017/2022 com 5.762 votos, Edward Madureira garante que irá cumprir todo este período, descartando a possibilidade de ser candidato novamente a deputado federal nas eleições do ano que vem, ou uma candidatura à Prefeitura de Goiânia em 2020. Mas após cumprir o seu período, a partir de 2022, o projeto político não está descartado.
Filiado ao Partido dos Trabalhadores, ele avisa que irá se desligar da legenda. Seu entendimento é que o cargo de reitor de uma universidade pública é incompatível com a militância partidária. “É um tema que trato com muita tranquilidade. Entendo que o reitor precisa ter um diálogo suprapartidário, como eu tive com a bancada federal de Goiás nos oito anos que estive na reitoria. Apesar de não haver nenhum óbice de não me sentiria confortável no cargo de reitor estando filiado a qualquer partido político”, explica. Segundo Madureira, a desfiliação vai ocorrer, no tempo certo, “sem apressar nada a gente vai fazer esta desvinculação, e entendo que este diálogo tem que ser com todos. A universidade tem pessoas de todas as matizes políticas e a gente tem que defender este patrimônio”, reitera.
RELACIONAMENTO
Crítico à política de cortes do governo federal nas verbas para Educação e Saúde, Madureira frisa que pretende ter um relacionamento institucional com o presidente Michel Temer, mas avisa que não abre mão de se posicionar sobre aquilo que entende ser ruim para o sistema federal de ensino. “Vamos fazer uma frente com os reitores de universidades e dos institutos federais, pois entendemos que a única saída deste país é o investimento maciço em Educação”, acredita.
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