Caiado: 2% da arrecadação das loterias para os Estados
Redação
Publicado em 20 de abril de 2018 às 02:12 | Atualizado há 7 anosO projeto (PLS 248/2017) do líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), que destina 2% do valor bruto arrecadado pelas loterias federais para ampliar o orçamento da segurança pública nos Estados recebeu parecer favorável do senador Cidinho Santos (PR-MT).
O relatório foi apresentado na Comissão de Constituição e Justiça, na última quarta-feira e deverá ser votado na próxima semana. Caiado acredita que aumentar os recursos para o setor vai contribuir para minimizar o colapso na segurança dos Estados e mencionou a situação preocupante do Entorno de Brasília. “A partir daí, vamos tentar minimizar esse colapso que está ocorrendo hoje na segurança dos estados. Os Estados estão hoje invadidos pelas facções. Existe uma necessidade de cada vez mais termos penitenciárias com maior segurança e, ao mesmo tempo, com maior capacidade de isolamento. Isto tem um custo alto, por isso, precisamos levar essa situação com total prioridade”, disse ao argumentar sobre a importância do projeto.
O senador afirmou ainda que a escalada da violência e ação de facções criminosas ameaçam a autoridade do Estado. “No meu Estado de Goiás, o crescimento da violência, nos últimos anos, é em proporção geométrica. Se nós não tivermos uma política capaz de conter este avanço da criminalidade, principalmente dessas facções que comandam a distribuição de drogas com alto poder de arrecadar, nós teremos amanhã uma realidade comprometedora ao nosso Estado democrático de direito. É o que nós estamos assistindo parcialmente hoje no Rio de Janeiro, no Entorno de Brasília, no meu Estado de Goiás, em várias outras regiões do País. Com isso, peço a todos os senadores e senadoras que dessem um apoio especial a essa matéria”, justificou.
ELOGIOS
Caiado também elogiou alteração do relator ao projeto que excluiu este recurso – os 2% da arrecadação das loterias – do cálculo da receita corrente líquida do Estado, para evitar que a quantia seja enquadrada na Lei do teto de gastos públicos: “o que faz com que realmente os Estados possam cada vez mais trabalhar com esses dois por cento da arrecadação bruta mensal das loterias federais aos fundos de segurança pública dos estados e do Distrito Federal com mais mobilidade e com muito mais eficiência”, afirmou. O PLS 248/2017 estabelece que 2% da bruta mensal das loterias federais serão destinadas aos fundos de segurança pública dos Estados e do Distrito Federal.
RECURSOS
Pela proposta, os recursos serão divididos entre Estados até o último dia do segundo mês anterior ao da apuração, conforme os coeficientes definidos nos Fundos de Participação dos Estados (FPE). Se for considerada a arrecadação de 2016 das loterias – R$ 12,85 bilhões – os 2% representam R$ 257 milhões, conforme explicitado na justificativa do projeto.
“Preso deve arcar com seus custos na cadeia”
O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado, apresentou parecer favorável ao PLS 580/2015, que determina o ressarcimento pelo preso das despesas com sua manutenção do sistema carcerário. O texto, de autoria do senador Waldemir Moka (PMDB-MS), estabelece indenização por meio do trabalho do detento ou financeiramente, caso existam condições econômicas do presidiário para arcar com os gastos.
O relatório de Caiado foi lido na Comissão de Constituição e Justiça e será discutido na próxima semana. O projeto tem caráter terminativo, ou seja, se for aprovado na CCJ, segue direto para tramitação na Câmara. “É uma medida necessária e acertada já que o preso gera gastos para o Erário e são recursos que poderiam estar sendo aplicados em saúde, educação, segurança da população”, pontuou.
“O projeto determina que devem ser ressarcidos os prejuízos que decorram diretamente do dano causado por um infrator, como a subtração de valores ou destruição de bens, bem como os gastos realizados pelo poder público, quando sejam fundados na prática de um ato ilícito, como éo caso do pagamento de uma pensão em razão do homicídio de uma pessoa ou da própria manutenção de um condenado na prisão”, explicou Caiado em seu relatório.
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