Politica

Caiado conquista apoio dos policiais civis e militares

Redação

Publicado em 19 de maio de 2018 às 02:17 | Atualizado há 7 anos

Integrantes das polícias Civil e Militar em Goiás manifesta­ram nos últimos dias apoio à pré-candidatura ao governo do se­nador Ronaldo Caiado (Democra­tas), que se comprometeu em valo­rizar as categorias e promover ações efetivas para tirar Goiás do caos em que se encontra a segurança públi­ca. O parlamentar tem defendido a criação de um fundo de valoriza­ção das polícias, no mesmo molde do que pretende implantar para os professores caso se eleja governador em outubro. E também equiparar salários dos policiais militares que ganham hoje R$ 1,5 mil.

“Não sabemos os esqueletos que vamos achar nos armários. Mas não é impossível tirar a polícia dessa si­tuação caótica. Reafirmo o meu com­promisso com a criação de um fun­dodevalorizaçãodospoliciais. Quero poder retribuí-los com reconheci­mento do trabalho de vocês. Se fizer­mos isso Goiás passa a ter outro per­fil”, afirmou o senador após se reunir na quinta-feira (17/05) com repre­sentantes do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol).

Presidente do Sinpol, Paulo Sér­gio esteve presente no encontro– que foi acompanhado por 55 poli­ciais de 10 municípios–e depositou a confiança em Ronaldo Caiado para mudar os rumos da seguran­ça pública no Estado.

“Nós viemos porque sabíamos que ouviríamos de Ronaldo Caia­do que valorizaria os policiais civis. E foi o que ocorreu. Ele falou que vai nos ouvir e se esforçar para re­solver os problemas que temos há muito tempo. Foi um encontro po­sitivo. Goiás a partir de 2019 vai ser governado de forma bem mais séria e as forças de segurança pública se­rão valorizadas”, afirmou Paulo Sér­gio ao fim do encontro.

Na reunião, o presidente do sin­dicato reconheceu que o próximo governador encontrará Goiás em uma situação crítica, mas que é pre­ciso solucionar problemas que são urgentes e afetam toda a população. Ele citou como exemplo a má remu­neração dos policiais civis, que mui­tas vezes se submetem a uma carga excessiva de trabalho para compen­sar os baixos salários. Hoje 162 cida­des goianas não contam com de­legados de polícia. E 104 não têm agentes ou escrivães. Goiás hoje é o 19º no ranking dos 26 estados e Distrito Federal com menos poli­ciais. 55 a cada 100 mil habitantes.

REESTRUTURAÇÃO

Paulo Sérgio também falou da necessidade de reestruturar a carrei­ra da polícia civil. “Hoje os policiais recebem menos de 10% que um de­legado. É uma situação vexatória. É importante lembrar que um in­quérito não funciona sem o agente, o escrivão. Hoje os policiais se sen­tem profissionais de terceira cate­goria diante dos delegados. Espera­mos que se eleito o senador diminua a distância entre os salários da polí­cia civil e dos delegados”, afirmou.

A diretora social do Sinpol, Kei­the Amorim, também esteve no en­contro e citou pontos fundamentais para a polícia civil, como a reestru­turação da carreira e a necessidade do aumento do efetivo. “Trouxe­mos algumas demandas que se ar­rastam há décadas e trazer apoio à pré-candidatura de Ronaldo Caia­do, que é nosso sopro de esperança que temos. Hoje suportamos a fal­ta de acúmulo de comarcas. Os de­legados recebem por este acúmulo de 10 a 20% do salário, enquanto o agente e o escrivão que respondem por mais de uma comarca não rece­bem nada”, exemplificou.

Outra questão importante para a categoria é a necessidade de au­mentar o efetivo. “Temos um de­monstrativo de que nem todos os 246 municípios tem policiais. Mui­tos municípios não têm representa­ção da polícia civil. A faltam ainda condições nas delegacias, que es­tão sucateadas”, destacou. Segun­do levantamento do Sinpol, 42% dos municípios goianos não possuem agentes ou escrivães da policial civil.

EQUIPARAÇÃO DE SALÁRIOS

Recentemente Ronaldo Caia­do defendeu a urgência na equipa­ração salarial na polícia militar de Goiás. O parlamentar firmou com­promisso, como pré-candidato ao governo, de reajustar a remunera­ção de R$ 1,5 mil recebida por po­liciais de terceira classe, categoria criada pelo atual governo do Estado.

O compromisso foi feito na sede da União dos Militares do Estado de Goiás, quando conversou com seu presidente, Cabo Sena, sobre a demanda de policiais e bombei­ros militares. Na opinião de Caiado, essa terceira classe não deve existir: “Não vamos admitir essa divisão que só diminui a moral da tropa e não valoriza o trabalho de policiais e bombeiros”, destacou.

“Conversamos a respeito das de­mandas dos bombeiros e policiais militares. O senador Caiado dá a pa­lavra que vai fazer a força de seguran­ça pública do nosso Estado e isso in­clui o filho mais velho que é a polícia militar, o bombeiro que vai ter um tratamento diferenciado. É a polícia que traz a paz, a segurança da popu­lação”, disse o Cabo Sena, lembran­do que esses policiais de 3ª classe são os que têm o menor salário do País.

Caiado enfatizou a dedicação da polícia de Goiás e se comprometeu a investir na segurança pública e na valorização da corporação. “Todos sabem a dedicação, o empenho que tem a Polícia Militar do nosso Estado de Goiás. Eu tenho orgulho enorme de representá-los no Senado Fede­ral. Quero deixar claro aos diretores da Unimil, a todos os cabos e solda­dos, que se nós chegarmos ao go­verno do Estado, não terá policial de terceira categoria no nosso governo. Nós não vamos sucatear a segurança pública do nosso Estado. Pelo con­trário, a segurança pública será ele­mento primordial para que Goiás resgate credibilidade, investimen­to, oportunidade de gerar emprego e um combate eficiente a criminali­dade que cresce cada dia mais. So­mos pessoas de palavra dada e não vamos criar situações para deterio­rar a autoestima, a dignidade daque­les que são responsáveis pela segu­rança pública do nosso Estado. Eles terão nosso reconhecimento e se­rão remunerados sem fazer divisão de categorias. Será o fim dessa divi­são de 3ª classe criada pelo gover­no atual”, pontuou Ronaldo Caiado.

INVESTIMENTO EM INTELIGÊNCIA

Segundo o democrata, os recen­tes episódios de violência que cho­caram os goianos recentemente tem como causa a falta de investimento do atual governo na área de inteli­gência da segurança pública.

“A polícia está sem condições de avançar em investigações e evi­tar situações como as ocorridas re­centemente em Ipameri (quando bandidos explodiram agências bancárias e dos Correios e assalta­ram uma joalheria). Tudo isso não acontece de improviso. São ban­didos que planejam com antece­dência. E por isso sempre defendi investir no setor de inteligência da polícia para antecipar e evitar casos como o de Ipameri”, disse.

O senador ressaltou que im­pressiona a ousadia dos bandidos e, como ações desse porte, deixam toda população do estado amedron­tada. “Olhem a ousadia dos bandi­dos que assaltaram e sequestraram a cidade, que se transformou em um campo de guerra. Isso precisa mudar. A realidade em Goiás chegou a tal ponto que não tem uma cidade com garantias de que não será a próxima a viver cenas de terror”, finalizou.

  Não sabemos os esqueletos que vamos achar nos armários. Mas não é impossível tirar a polícia dessa situação caótica. Reafirmo o meu compromisso com a criação de um fundo de valorização dos policiais. Quero poder retribuí-los com reconhecimento do trabalho de vocês. Se fizermos isso Goiás passa a ter outro perfil”

 

 

]]>

Tags

Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

últimas
notícias