Caiado e Wilder apontam esquecimento do governo
Redação
Publicado em 3 de maio de 2018 às 02:44 | Atualizado há 7 anosOs senadores Wilder Morais e Ronaldo Caiado, integrantes do Democratas (DEM), têm percorrido o Entorno do Distrito Federal para recolher sugestões tendo em vista corrigirem uma injustiça histórica: a região é de forma contumaz abandonada pelos governos federais e estaduais.
Segundo dados do Instituto Mauro Borges (IMB), as regiões que mais receberam incentivos entre 2000 e 2017 foram o centro do Estado: Anápolis (21%), Sudeste (17%), Sudoeste (16%). Por outro lado, as que receberam menos incentivos no mesmo período foram as regiões Noroeste e Norte com 2% cada, Nordeste (3%) e Entorno de Brasília (6%).
Para os parlamentares, a corda sempre arrebenta nas mãos dos prefeitos, que são obrigados a se virar para que as cidades não fiquem “ingovernáveis”.
Os dois senadores estiveram na rádio Luziânia 98.1 FM, que atende diversas cidades da região metropolitana de Brasília, ao lado do ex-deputado federal Marcelo Melo, conhecedor da região, e denunciaram a repartição orçamentária macabra que ocorre em Goiás.
Na entrevista, Ronaldo Caiado, que é pré-candidato ao Governo de Goiás, agradeceu ao Entorno por ter sempre grande votação na região. “Não queremos ser candidatos da esperteza, mas da lealdade, da transparência, da autoridade moral. Essa região tem o segundo maior colégio eleitoral de Goiás. No entanto, as pessoas se sentem desassistidas pela estrutura de governo”, disse Caiado.
Senador Wilder, por sua vez, disse que tem se dedicado a trazer recursos para a região. Ele citou os R$ 15 milhões que trouxe para ao Hospital de Águas Lindas, localizado no Entorno Norte. “Nestes seis anos no Senado nenhum senador, em tão pouco tempo, modéstia à parte, trouxe tanto recurso para o estado de Goiás. Consegui recursos para o hospital que está sendo construído em Águas Lindas, para o de Aparecida de Goiânia e para equipamentos do de Rio Verde. Recursos para um hospital novo em Palmeiras. Para o hospital de Uruaçu consegui 15 milhões”.
O senador lembrou que já apresentou proposta para a construção da Universidade Federal do Entorno do Distrito Federal, que deverá atender com dignidade os moradores da região. “Com relação ao transporte do Entorno, sou relator do projeto que amplia o transporte daqui. Sabemos de todas as dificuldades enfrentadas. Entrei na política para ajudar o povo goiano. Hoje tenho orgulho de ser político, mesmo nesse momento difícil, porque levanto cedo para tentar melhorar a vida das pessoas, mas sei que tenho ficha limpa, que sou honesto”.
Wilder tratou ainda da questão da segurança pública, que ele tem se dedicado com maior produtividade nos últimos meses. “Fui relator da Política Nacional de Segurança Pública e no meu relatório expliquei como deveria ser a segurança neste país. É preciso dar autonomia a polícia. Sabemos que a Polícia Militar de Goiás tem trabalhado muito, mas precisamos investir na instituição. Temos 10 mil policiais, mas deveríamos ter 30 mil! É por isso que falta polícia aqui no Entorno”, disse.
Wilder disse que a vida das pessoas só vai mudar se elas tiverem oportunidades. “O que mudou minha vida foi a escola, foi a educação. Na condição de político e empresário, hoje minha missão é ajudar o povo. Quero dar oportunidade para as pessoas crescerem na vida, terem qualidade de vida. Não é justo que o Entorno tenha 30% da população e não tenha 30% de investimentos”, disse Wilder.
SEGURANÇA
Caiado reiterou que o maior problema do Entorno, além da falta de investimentos, é a grave crise da segurança pública na região, que, por lei federal complementar, deveria ser assistida pelo governo federal e estadual – as duas entidades de direito público que aceitaram trazer Brasília para a região.
“Nós sabemos muito bem que essa cidade compôs a lista com maior índice de criminalidade do país. A quantidade de assassinatos aqui extrapola a faixa aceitável ou admissível para estar dentro de um conceito de país democrático. As pessoas que moram aqui são sequestradas por essas facções. Hoje Goiás está sob o comando de 11 facções criminosas. O governo faz de conta que não quer ver. Como essa cidade vai crescer economicamente se o governo não oferece segurança, saneamento básico e água tratada?”, questionou Caiado.
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