Daniel: “Estou preparado para governar o Estado”
Redação
Publicado em 4 de outubro de 2018 às 05:01 | Atualizado há 6 anosCandidato ao governo do Estado como representante de uma “nova política”, o deputado federal Daniel Vilela (MDB) reforçou, no debate da TV Anhanguera / Rede Globo realizado na noite de terça-feira, a falta de confiabilidade e a pouca consistência das raras propostas apresentadas pelo senador Ronaldo Caiado (DEM), que tampouco apontou como conseguiria tirá-las do papel, e o mundo da fantasia criado pelo governador José Eliton para retratar a situação de Goiás. Este apego ao discurso vazio, sem lastro na realidade, confirma que ambos são mais do mesmo e é fruto dos quase 20 anos de convivência próxima, aponta Daniel.
O confronto foi dividido em quatro blocos – dois deles com temas livres e dois com temas pré-determinados. Daniel ainda usou seu tempo para, embasado em dados e números reais, evidenciar a profunda crise pela qual atravessa o Estado, com programas sociais em atraso, falta de medicamentos em hospitais e até dívidas com a empresa que monitora o uso de tornozeleiras eletrônicas – cerca de quatro mil serão desativadas nesta quarta (3) por falta de pagamento.
O emedebista disse ao governador: “Você precisa sair do Palácio e enxergar a realidade nas ruas. É impressionante sua capacidade de atuar, parece um ator aqui neste debate. E tem outra verdade que precisa ser dita: Caiado também é responsável por essa situação. Ele esteve com vocês por 16 anos e agora só está pulando fora porque a ‘casa caiu’. A turma é a mesma, não muda nada”, disse Daniel tão logo teve a oportunidade de dirigir-se a José Eliton.
A participação do emedebista, do começo ao fim do debate, foi permeada por apresentação de propostas para áreas como Saúde, Educação e Segurança. Em determinados confrontos, ele foi mais incisivo e não economizou declarações contundentes. “Chega deste discurso generalista, Caiado. Você admite que as contas do Estado estão em frangalhos, mas sequer sabe de onde vai tirar recursos para viabilizar tudo que promete. Isso é a representação das velhas práticas políticas que nós combatemos”, enfatizou Daniel.
Como a crise no sistema penitenciário tem sido manchete diária nos jornais, o ponto alto do debate foi quando Daniel questionou Ronaldo Caiado sobre propostas para a área – tema que foi sorteado pelo mediador no segundo bloco. O democrata tentou usar o espaço para atacar o governador.
Na réplica, o emedebista afirmou: “Suas críticas à gestão de José Eliton são verdadeiras. Mas chegam com 20 anos de atraso. Você esteve ao lado deles por muito tempo e nunca fez nada para melhorar o sistema prisional quando tinha oportunidade. Ambos, junto com o ex-governador Marconi Perillo, fazem uma política personalista, gostam de alimentar a vaidade de vocês”. Na sequência, Daniel listou propostas, como a transferência do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia para outra área e a transformação do espaço em um polo industrial capaz de gerar 50 mil novos empregos.
Outro destaque foi o confronto entre Daniel e José Eliton quando a pauta era Segurança Pública. “Sua gestão como secretário de Segurança foi a pior da história. Você deixou a secretaria pelas portas dos fundos, com os piores índices de criminalidade. Nós vamos colocar mais 1.700 policiais nas ruas para reforçar o efetivo e vamos investir em inteligência”, disse Daniel, para em seguida completar: “Os goianos sabem que valem a pena acreditar, ousar e apostar no dinamismo da juventude e escolherão o nosso projeto como símbolo da verdadeira mudança.”
FUGA
“Quem quer governar um Estado como Goiás tem que estar preparado para enfrentar o debate franco e aberto. Caiado e Zé Eliton pensam o quê? Que se fossem eleitos eles teriam como escolher um problema para resolver e então fugiriam dos demais?”, questionou Daniel ao final do debate.
Daniel dirigiu-se diretamente aos telespectadores: “Nós representamos o caminho da renovação e da mudança. Defendemos um projeto que seja indutor do desenvolvimento do Estado, e isso será feito com uma equipe competente, que será capaz de ofertar serviços públicos de qualidade. E depois de quatro anos, vocês irão olhar para trás e poderão ver que deu certo”.
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