Politica

Daniel: “Não dá para um governo ser gerido apenas por indicações políticas”

Redação

Publicado em 20 de setembro de 2018 às 04:33 | Atualizado há 6 anos

Em reunião com dirigentes de entidades que representam servi­dores públicos, o candidato a go­vernador de Goiás pelo MDB, Da­niel Vilela, firmou compromisso de manter diálogo permanente e adotar uma nova política de va­lorização do funcionalismo esta­dual, caso seja eleito. “O diálogo é a melhor forma de motivar e fazer uma gestão realizadora, que valo­rize o trabalho dos nossos servido­res”, afirmou o candidato durante reunião com o Fórum em Defesa dos Servidores e dos Serviços Pú­blicos de Goiás, realizada ontem.

Daniel lembrou que um dos seus principais compromissos de campanha é destinar 50% das fun­ções comissionadas do Estado para servidores de carreira, como for­ma de valorizar as categorias do funcionalismo. “Queremos os qua­dros técnicos ocupando as funções de liderança, dando a eles a opor­tunidade de desenvolverem seu trabalho em benefício do Estado. Não dá para um governo ser co­mandado somente por indicações políticas, muitas delas sem obser­var sequer a capacidade do agen­te público de assumir determina­das missões”, afirmou.

O candidato destacou que a supervalorização do componen­te político nas nomeações tem to­lhido o aprimoramento profissio­nal dos servidores estaduais. “O conhecimento técnico do nosso funcionalismo está sendo desper­diçado. Temos que recuperar esta relação do governo com os servi­dores para aproveitar o potencial humano que temos e é fica mui­tas vezes desperdiçado no governo”.

Daniel assinou na ocasião um documento com uma plataforma de compromissos elencados pela entidade. Dentre os itens listados, estão justamente a manutenção do diálogo permanente, respeito aos planos de carreira, pagamen­to da data-base, dentre outros. O candidato se comprometeu tam­bém a abrir mais espaço para as entidades sindicais na direção do Ipasgo, dando mais transparência à gestão do órgão.

A responsabilidade fiscal tam­bém foi um dos pontos discutidos na reunião, que durou quase 2 ho­ras. Questionado se iria no decor­rer de 4 anos de governo substituir os cerca de 20 mil temporários da Educação por concursados, Da­niel disse que não poderia fazer este compromisso, pois o Estado não tem capacidade financeira para abrir tantas vagas nos próxi­mos 4 anos. “Hoje vivemos uma situação de colapso fiscal na qual não sabemos nem como o gover­no vai quitar a folha até o final do ano. Então não podemos assu­mir aqui um compromisso elei­toral sabendo que não teremos como cumprir. A substituição des­ses temporários tem que ocorrer, mas dentro de um planejamento de longo prazo e numa outra si­tuação fiscal”, afirmou.

 

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