Politica

Flávio Canedo: “Eliton é um político neófito”

Hélio Lemes da Silva Filho

Publicado em 18 de outubro de 2018 às 02:25 | Atualizado há 6 anos

O presidente do PR de Goiás, Flávio Canedo afirmou, on­tem, que a exoneração dos membros do partido, de cargos da administração, pelo governador José Eliton (PSDB), é “retaliação política”. O Palácio Pedro Ludovico afastou Leandro Garcia da presidência da Goiás Turismo e Wiris Arantes da presidência da Agência Brasil Cen­tral. O Diário da Manhã antecipou, com exclusividade, na edição de sá­bado, a decisão do governo de afas­tar o PR da administração.

O advogado Rafael Lousa, que não se elegeu deputado estadual pelo PSDB, foi nomeado para a Goiás Turismo. Ele exerceu também a presidência da Junta Comercial do Estado. Charlles Antônio, que foi chefe de gabinete do governador, vai ocupar a presidência da Agência Brasil Central. Ele foi coordenador do comitê de José Eliton em Apare­cida de Goiânia e com o afastamen­to de Jayme Rincón, assumiu, na reta final, o comando geral da cam­panha do governador no Estado.

O governador, que concorreu à reeleição e ficou em terceiro lugar, ficou contrariado com o posiciona­mento de lideranças municipais do PR que, mesmo no palanque da de­putada federal Magda Mofatto, pe­diram votos ora para Daniel Vilela (MDB) ora para Ronaldo Caiado.

Flávio Canedo disse ao Diário da Manhã que José Eliton não apren­deu política na convivência de oito anos ao lado de Marconi Perillo; “Eliton não tem habilidade políti­ca, não sabe conversar com as lide­ranças. A verdade é que foi herdeiro do poder ao assumir como vice-go­vernador, o que é diferente de quem conquista um mandato pelas urnas”.

O presidente do PR diz que, após as eleições, os perdedores buscam encontrar “motivos” para o insu­cesso eleitoral. “Talvez seja culpa do PR a derrota de José Eliton, mas o partido foi leal ao governo até o fi­nal da campanha. Se quiséssemos, poderíamos ter mudado de lado antes da campanha eleitoral, mas seguimos firmes ao lado da cha­pa majoritária do PSDB e aliados”.

A queixa palaciana é que, na reta final da campanha, apoiadores da campanha de Magda Mofatto, em Aparecida de Goiânia e em outras lo­calidades do interior, apareciam pe­dindo votos não para José Eliton e sim para Daniel Vilela e Ronaldo Caiado. “Nos últimos dez dias, foi um salve­-se quem puder. Quem colou no go­verno perdeu a eleição. Cada um buscou salvar a própria pele e o PR buscou a sobrevivência, mas man­teve a postura ao lado do governo.”

Flávio Canedo afirmou que o go­verno estadual deixou de cumprir compromissos em relação a diversos projetos. E explicou: “Festivais gas­tronômicos e serviços de rodeio da Goiás Turismo não foram pagos, pra­ças de obras em cidades turísticas ti­veram seus empenhos cancelados em cidades como São Domingos, Cavalcante e Alto Paraíso”.

APOIO A CAIADO

Questionado sobre um possível apoio do PR à gestão de Ronaldo Caiado, Flávio Canedo diz que ain­da não houve conversa com o gover­nador eleito. O dirigente admite que a deputada federal reeleita Magda Mofatto tem “respeito” por Ronaldo Caiado, como tem também por Da­niel Vilela. “Caiado é o governador eleito por decisão soberana dos goia­nos já no primeiro turno. Ele é bem­-intencionado e vai trabalhar para realizar um governo que atenda ao conjunto da sociedade goiana”.

O dirigente reconhece que as eleições no país e em Goiás reve­laram a vontade da população por “mudanças” nos executivos e legis­lativos. “São ciclos de poder e o do PSDB se exauriu, após 20 anos. Ago­ra, inicia-se uma nova fase política em Goiás, sob o comando de Ro­naldo Caiado. Os goianos irão viver agora uma nova fase com Caiado”.

Na carta dirigida ao Trade Turís­tico do Estado de Goiás, o ex-presi­dente Leandro Garcia faz balanço do trabalho à frente da Goiás Turis­mo e não faz considerações políticas sobre o ato do governador de exone­rar os auxiliares indicados pelo PR de Flávio Canedo e de Magda Mofatto.

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