Politica

Goianiense tem pouco interesse pela campanha

Diário da Manhã

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 02:31 | Atualizado há 8 anos

As eleições municipais deste ano não estão empolgando o goianiense. Apesar de o assunto estar todos os dias nos jornais e nas TVs, a grande maioria dos moradores de Goiânia não se interessa ou está pouco interessada nele. É o que constatou a pesquisa do Instituto Verus – Estudos de Opinião, feita com exclusividade para o Diário da Manhã. O instituto fez uma sondagem do humor do goianiense não só a respeito das eleições mas, também, sobre outros temas polêmicos.

O instituto usou metodologia do tipo quantitativa, com amostragem por cotas proporcionais a sexo, faixa etária e região de moradia no município de Goiânia. Foram ouvidas pessoas acima de 18 anos e residentes em Goiânia, pelo menos, mais de um ano. Os dados foram coletados entre 23 de julho e 2 de agosto do ano em curso.

Segundo Luiz Felipe Gabriel, diretor do Instituto Verus, o trabalho de campo foi realizado por coletores especialmente treinados para este estudo. 30% de todo o material obtido foi submetido a fiscalização e checagem junto ao próprio entrevistado. A amostra é bem representativa do universo pesquisado. Foram 600 entrevistas, determinando margem de erro de 4,1% para baixo ou para cima.

Segundo o presidente do Verus, a margem de erro tende a se estreitar à medida que os resultados apresentam frequências maiores ou menores. “O instrumento de coleta de dados foi do tipo estruturado com questões fechadas, sendo toda aplicação dos mesmos supervisionadas por fiscais de campo e coordenadores”, explica.

A distribuição dos entrevistados por sexo, idade e local de moradia foi proporcional aos dados demográficos disponibilizados pelo IBGE. Há ligeira preponderância da população feminina sobre a masculina. Por faixa etária, 29% da população está entre 35 e 49 anos, e 26,2% situa-se na faixa acima dos 50 anos. Os mais jovens, entre 18 e 24 anos, representam 18,5% da população.

Desinteresse total

Foi perguntado aos entrevistados: “Com relação às próximas eleições para prefeito e vereador que se realizarão em outubro, o senhor, ou senhora, diria que está muito interessado, pouco interessado ou nada interessado?”.

Responderam “nada interessado” 39% dos entrevistados. 37,5% responderam estar “pouco interessado”. Apenas 23,5% dizem estar “muito interessado”. Dos que não estão nada interessados, 43,3% são mulheres, maioria. Dos que estão pouco interessados, 40,5% são homens. Dos que estão muito interessados, 25,5% são homens.

Por grau de instrução, o desinteresse é maior entre os que estudaram apenas o fundamental, 39%. O índice vai caindo até chegar a 30%, nos que têm curso superior. Os números sugerem que há uma relação entre escolaridade e interesse político. Quanto maior a escolaridade, maior o interesse pelas eleições.

Quando à situação econômica e social, a pesquisa indica que na base e no topo da pirâmide o desinteresse é grande. Entre os muito pobres, o desinteresse vai a 41,5%. N classe C, o desinteresse é de 43,7%. Na burguesia, o índice é de 40,5%. Entre os remediados, classe B, também chamada de classe média, o desinteresse cai para 33,6%. Curiosamente, é na burguesia, a classe A, que se encontra o maior número dos muito interessados, 40%.

Financiamento

O Instituto Verus sondou também a opinião a respeito do novo modelo de financiamento das campanhas eleitorais. A partir deste ano, a campanha deverá ser custeada pelo fundo partidário e por doações de pessoas físicas. 51,7% dos goianienses são contrários a este novo modelo, contra 35,7% que são a favor. Os que não têm opinião formada somam 7,3% e 5,3% deram outras respostas.

Foi perguntado aos que são contra o novo modelo como deveria, então, ser o financiamento das campanhas eleitorais. A grande maioria, 29,5%, opina que as campanhas deveriam ser custeadas com recursos próprios do candidato ou do partido. Vejam as outras opiniões: não sabe dizer como deveria ser:7,7%; só com dinheiro das empresas privadas: 5,2%; contra qualquer forma de custeio: 4,2%; sem dinheiro público: 2,3%; com todas as formas de financiamento: 1,2%; só com o fundo partidário: 0,3%; só com dinheiro público: 0,2%; somente pessoas físicas e candidato: 0,2%.

Em virtude da proibição às empresas privadas de fazer doações, o Congresso aumentou de 300 para 800 milhões o fundo partidário. A favor do modelo, mas discordando do aumento do fundo, afirmando que este deveria ser mantido no valor atual, são 3,3%. 1,8% acham que deveria ser diminuído o valor. 0,2 são favoráveis ao atual modelo, mas ressalvam que o fundo deveria ser distribuído em cotas iguais para todos os partidos.

 

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