Goiás terá mais 30 mil moradias
Welliton Carlos da Silva
Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 11:06 | Atualizado há 8 anosO presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Gilberto Magalhães Occhi, traçou uma panorâmica econômica positiva na reunião almoço em que participou, ontem, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) com os representantes do Fórum Empresarial, sob a liderança de Pedro Alves de Oliveira.
Occhi veio a Goiânia, acompanhado de quatro vice-presidentes da Caixa, para formalizar uma parceria entre a União, o Estado e os Municípios no programa Minha Casa, Minha Vida.
A solenidade aconteceu, à tarde, no Centro de Convenções, com a presença do governador Marconi Perillo, do vice-governador José Eliton e do senador Wilder Morais, além de cerca de 250 prefeitos ou seus representantes, deputados federais, estaduais, do presidente do Tribunal de Justiça, entre outras autoridades.
O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, demonstrou confiança no restabelecimento da economia brasileira com as medidas postas em prática pelo governo de Michel Temer.
Segundo ele, os primeiros resultados já se fazem sentir. E apontou a inflação sob controle da ordem de 4,5% este ano, as taxas de juros de um dígito, a confiança empresarial nos destinos nacionais, o PIB da agropecuária, entre outros aspectos. Para ele, Goiás “participa desse processo com a sua atividade na agricultura moderna”.
Ao discorrer sobre o programa habitacional destinado às famílias carentes, afirmou que “mais uma vez, Goiás sai na frente em termos proporcionais”, nessa parceria que envolve o governo do Estado, as prefeituras, que fornecerão os terrenos, e a Caixa, através dos recursos financeiros subsidiados.
Movimento da economia
Além da meta de contratar 610 mil unidades, a reformulação do Programa traz mudanças no perfil de renda familiar, nos limites do valor dos imóveis, de acordo com a região, e no aumento dos valores de subsídio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Segundo o presidente Gilberto Occhi, as medidas trazem mais eficiência ao Programa Minha Casa, Minha Vida facilitam o acesso ao primeiro imóvel e impulsionam o setor da construção civil. “Além de melhorar o acesso à moradia, as mudanças vão movimentar a economia, gerando empregos e novos negócios ao setor”, afirma o presidente. O Programa envolve em Goiás 30 mil unidades nos diferentes municípios goianos. Os recursos para as 600 mil unidades no País são da ordem de R$64 bilhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
A ampliação do teto de renda beneficia diretamente as famílias interessadas em adquirir imóveis novos financiados pelo programa. Veja como ficaram os novos limites de renda familiar em cada faixa do Programa: Os subsídios do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foram corrigidos em 6,67 % (INCC) nas faixas 1,5 e 2 do programa. Com esse aumento, o beneficiário pode dar um valor menor de entrada ao comprar seu primeiro imóvel pelo MCMV. O prazo máximo dos financiamentos continua sendo 360 meses (30 anos). Outra medida do pacote é a correção do valor do imóvel do programa de acordo com o limite territorial, segundo classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Confira como ficou o teto do valor de imóveis em cada região.
Em 2017, o Programa prevê a contratação de 610 mil unidades. São 170 mil unidades, sendo 100 mil unidades do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e 70 mil unidades na modalidade Entidades (urbana e rural). Já nas faixas 2 e 3, o objetivo é contratar aproximadamente 380 mil unidades habitacionais. Além disso, está prevista a contratação de cerca de 60 mil unidades na faixa 1,5 do programa. O Programa já beneficiou mais de 13 milhões de pessoas em todas as modalidades com a entrega de mais de 3,25 milhões de moradias em todo o Brasil. Os recursos previstos são da ordem de R$84 bilhões, inteiramente destinados à habitacional.
Apoio de Wilder
O governador Marconi Perillo revelou que com o Minha Caixa, Minha Vida pretende chegar aos 246 municípios goianos. A iniciativa envolve a União, através da Caixa e o Ministério das Cidades, o governo do Estado e as prefeituras municipais. “Além de movimentar a economia, gerar empregos, o Programa propõe uma inclusão social sem precedentes e um ato de cidadania”, disse. O déficit habitacional que ocorre em todas as cidades goianas será reduzido de forma considerável, observou.
Para a conquista da casa própria às famílias carentes, atribuiu o apoio “incansável” do senador Wilder Morais (PP-GO) “atendendo os prefeitos e os socorrendo em Brasília”. E prometeu que em breve toda a diretoria da Caixa será convidada a inaugurar os primeiros conjuntos habitacionais no Estado.
O vice-governador José Eliton em sua fala, também teceu considerações elogiosas à ação do senador goiano. “Ele tem uma atuação objetiva. Não dá espetáculo nem show, mas é efetivo para Goiás”.
Fomento habitacional
O senador Wilder Morais, apontado como responsável pelo fomento do Programa Minha Casa Minha Vida, historiou que como “engenheiro, construí casas e apartamentos para os diferentes níveis de rendas da população”. E acrescentou: “Só então, conseguir doar a meus pais esse conforto e segurança. Acima de tudo, dignidade, que é o que a casa própria significa”, define.
“O presidente Temer tem se mostrado muito humano no tratamento com quem precisa de benefícios do governo”, elogia. “Com Temer, a Caixa Econômica está incrementando ainda mais sua vocação para fomentar o desenvolvimento do País como parceira dos Estados e ao mesmo tempo atende às famílias carentes”.
Wilder compareceu à entrega de casas e apartamentos em cidades como Anápolis, Itaberaí e Palmeiras. Em todos os lugares, a identificação é imediata entre as famílias que estão recebendo os imóveis e o senador que tanto trabalha por elas: Wilder fala a linguagem dos beneficiados porque viveu na pele o sofrimento do qual eles acabam de se livrar. O senador fala do quão importante é “ter um endereço”, “ter para onde voltar”, “ter um cantinho para se esconder do sol e da chuva”.
Resumiu o comportamento humano para quem ganha a casa própria usando as seguintes palavras: “Parecem detalhes mínimos para quem sempre dispôs de um lar, com sua escritura na gaveta. Para quem tira parte do orçamento doméstico para pagar aluguel, ou vive em situação de rua, ou mora de favor, ou está em abrigos públicos, cidadania é ter um endereço, ter para onde voltar, ter um cantinho para se esconder do sol e da chuva”.
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