Jovair: “Meu foco é outro, a presidência da Câmara”
Hélio Lemes da Silva Filho
Publicado em 29 de novembro de 2016 às 00:54 | Atualizado há 8 anosO deputado goiano Jovair Arantes, líder da Bancada do PTB na Câmara Federal, afirmou, ontem, que não foi sondado, nem recebeu convite do presidente Michel Temer (PMDB) para assumir o cargo de ministro da Secretaria de Governo, em substituição a Geddel Vieira Lima. “Meu foco é outro, o de convergir em busca de apoio para conquistarmos a presidência da Câmara dos Deputados”, disse.
Em entrevista ao Diário da Manhã, Jovair Arantes ressaltou que os partidos que integram o Centro Democrático (Centrão), entre eles o PTB, estarão dando respaldo ao presidente para que ele escolha o melhor nome para prosseguir com o trabalho de articulação do governo no Congresso Nacional. “Eu, pessoalmente, não vou entrar nessa disputa por cargo. Vou continuar dando minha contribuição ao governo Temer no Parlamento, para que possamos aprovar as matérias que irão melhorar a economia e, em consequência, gerar empregos e renda”.
Jovair Arantes prefere não citar nomes do Centro Democrático para assumir a Secretaria de Governo da Presidência da República, já que vários partidos, entre eles o PMDB, querem a indicação do novo auxiliar de Temer. “Vamos aguardar o posicionamento do presidente Temer, pois ele, pela sua experiência política, saberá conduzir de forma adequada a escolha do novo coordenador político do governo”.
O deputado petebista vai submeter seu nome às prévias dos partidos que integram o Centro Democrático para a escolha do candidato à presidência da Câmara Federal, cuja eleição ocorrerá em 1º de fevereiro. Além de Jovair, deverão concorrer Rogério Rosso (PSD) e Beto Mansur (PRB). Integram o Centrão: PR, PP, PSD, PTB, PRB, Solidariedade, PSC e outras legendas menores da Casa. O grupo calcula ter 223 deputados somando todas as bancadas.
Sondagem
O presidente Michel Temer segue tentando encontrar um nome para substituir o agora ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima. Não será uma tarefa fácil, uma vez que o substituto terá diante de si uma agenda dura, amarga, de ajuste fiscal e reforma da Previdência. Além disso, precisará conduzir uma base cindida, em polvorosa pela eleição para a Mesa Sucessora da Câmara, em fevereiro do ano que vem.
Alguns nomes surgem como cotados, mas aliados defendem que Temer não poderá ser apressado como foi na substituição de Marcelo Calero por Roberto Freire, processo que foi praticamente instantâneo.
Na bolsa de apostas aparecem o atual líder do governo, André Moura (PSC-SE); os assessores especiais da Presidência, Tadeu Fillipelli, Sandro Mabel e Rodrigo Rocha Loures; os líderes do PSDB e PTB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA) e Jovair Arantes (GO), respectivamente; e com menos chances, o secretário do Programa de Parceria do Investimento (PPI), Wellington Moreira Franco.
Uma outra alternativa seria uma fusão da Casa Civil com a Secretaria de Governo. Neste caso, Eliseu Padilha cuidaria da política macro – ele já trata, por exemplo, da reforma da Previdência e das conversas com os empresários – e deixaria outro nome para cuidar da política no varejo.
A situação é tão crítica que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, cancelou a agenda em São Paulo e permaneceu em Brasília. Ainda assim, manteve linha direta com o empresariado e o mercado financeiro para assegurar que as mudanças de comando não vão interferir na condução do ajuste fiscal. (Com informações da Agência Globo)
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