Politica

Kátia Maria reforça campanha afirmativa contra intolerância

Diário da Manhã

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 02:03 | Atualizado há 6 anos

As mulheres de todo País lan­çaram no início deste mês o mo­vimento #Elenão, que pede que as mulheres não votem no candida­to Jair Bolsonaro (PSL) para presi­dência da República. Tudo come­çou com uma página no Facebook (mulheres contra Bolsonaro) que em menos de uma semana reuniu 2 milhões de seguidoras e agora passa de 3 milhões e continua cres­cendo. A motivação das mulheres são as declarações de Bolsonaro de que “mulher tem que ganhar me­nos do que homem porque engra­vida”, os ataques à deputada fede­ral Maria do Rosário, onde ele disse “não te estupro porque você é feia”, ou a palestra que fez no Clube He­braica, no Rio de Janeiro onde de­clarou que “teve quatro filhos ho­mens, mas na quinta vez deu uma fraquejada e nasceu mulher”.

Os comentários racistas e ho­mofóbicos do candidato do PSL também mobilizaram as mulhe­res contra a sua candidatura, que segundo o Ibope tem 46% de re­jeição, mas entre as mulheres este número chega a 50%.

Após o movimento no facebook, as mulheres passaram a fazer desa­fios no Instagram. A cantora Anita declarou seu posicionamento con­tra a eleição de Bolsonaro à presi­dência e desafiou Ivete Sangalo e Gal Costa a fazerem o mesmo. A cantora Marília Mendonça tam­bém postou vídeo contra a eleição do ex-capitão do Exército, e pou­cos dias depois ela e sua família receberam ameaças. “ Minha mãe tem recebido ataques, tanto quan­to o restante da minha família, que nem compartilha da mesma opi­nião que a minha”, escreveu.

Também aderiram ao #Elenão as cantoras Maria Gadu e Daniela Mercury e as atrizes globais Nathália Dill, Sophie Charlotte, Leticia Saba­tella e Letícia Colin foram algumas da primeiras atrizes da Rede Globo que aderiram ao movimento. Elas postaram vídeos segunda-feira, 24, em suas redes sociais do Instagram, justificando o porquê de não vota­rem no ex-militar, convidando a to­dos a participarem dos atos contra Bolsonaro, marcados para o próxi­mo sábado, 29, em várias cidades do País, e desafiando outras colegas do mundo artístico a gravarem um ví­deo em apoio a hashtag #EleNão.

Nesta semana apoiadores da candidatura da professora Kátia Maria (PT) lançaram a hastag #Ela­sim, confirmando o apoio à sua candidatura, e reforçando o o seu caráter de gênero, como uma das mulheres que disputam o governo do Estado. Kátia Maria faz parte das mulheres que são contra a eleição de Jair Bolsonaro à presidência. Ela apoia a candidatura do ministro Fernando Haddad (PT), mas tam­bém defende as ações afirmativas das mulheres contra o machismo, a misoginia, a homofobia.

Para Kátia, “Jair Bolsonaro en­carna é um candidato fascista,cujos pronunciamentos são contrários ao processo civilizatório”. Segun­do ela, “as palavras de ódio e in­tolerância do candidato não con­tribuem ao processo de paz que o Brasil necessita para voltar a cres­cer, gerar empregos e dar tranqui­lidade à população”. Kátia observa que até publicações conservadoras no exterior, como a revista The Eco­nomist, avaliam que a eleição de Bolsonaro seria um desastre para o Brasil e para a América Latina.

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