Politica

Lula sobe 4,9%, chega a 37,3% e pode vencer no primeiro turno

Diário da Manhã

Publicado em 21 de agosto de 2018 às 01:48 | Atualizado há 2 semanas

  •  A maioria dos eleitores não confia nas redes sociais e pretende se informar nos debates e na propaganda eleitoral
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    Pesquisa CNT/MDA mos­tra crescimento do ex-pre­sidente Lula (PT), que na avaliação de maio tinha 32,4% e na amostra de agosto aparece com 37,3%, uma subida de 4,9 pontos percentuais. O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) está em segundo, passando de 16,7% para 18,8%, ou seja, pouco mais de um ponto a mais que na rodada anterior. A dis­puta pelo terceiro lugar está em­bolada com Marina Silva (5,6%), Geraldo Ackmin (4,9%) e Ciro Go­mes (4,1%) na faixa dos cinco pon­tos percentuais. Detalhe: Marina e Ciro caíram. A ex-senadora perdeu dois pontos e o ex-ministro perdeu 1,3 ponto percentual; somente Alck­min experimentou pequeno cres­cimento de 0,9 ponto percentual.

    O ativista social Guilherme Bou­los (PSol), tem 0,9%; o banqueiro João Amoêdo (Novo) e o ex-minis­tro da Fazenda Henrique Meirel­les (MDB), ambos com 0,8%; Cabo Daciolo (Patriota), 0,4%; Vera Lú­cia (PSTU), 0,3%; e João Goulart Fi­lho (PPL), 0,1%. José Maria Eymael (DC) não foi citado.

    No levantamento espontâneo, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, Lula lide­ra com 20,7%, seguido de Bolso­naro, com 15,1%. Ciro Gomes é ci­tado por 1,5% dos entrevistados, Álvaro Dias por 1,3% e Marina Sil­va, por 1,1%. Todos os outros so­mados chegam a 1,4%.

    Lula também é o candidato cujos potenciais eleitores têm me­nos propensão a mudar de ideia. Entre aqueles que optam pelo pe­tista, 82,3% dizem que sua decisão é definitiva não cogitam mudar de voto. Em seguida nesse item apa­recem Bolsonaro (70,7%) e Álvaro Dias (64,8%). Depois, eleitores de Marina Silva (33,9%), Geraldo Alcik­min (36,7%) e Ciro Gomes (37,3%).

    A pesquisa identifica tendência de redução da rejeição ao petista, também, conforme foi registrado pela pesquisa do Barômetro/Ip­sos, publicada no domingo pelo jornal O Estado de São Paulo. Lula aparece com menor rejeição (41,%), seguido por Ciro (44,1%). Alckmin (52,5%), Marina (52,7%) e Bolsonaro (53,7%) são os nomes com maior rejeição. Também se­gundo o Ipsos/Estadão o ex-presi­dente aparece disparado em apro­vação (47%) muito à frente dos concorrentes Marina Silva (30%), Bolsonaro(24%), Ciro Gomes (18%) e Geraldo Alckmin (17%).

    BATE TODOS OS SEUS ADVERSÁRIOS

    Lula vence todos adversários num eventual segundo turno. Com Ciro, tem 49,4% contra 18,5%. No embate com Alckmin, são 49,5% contra 20,4%, e com Marina ven­ceria por 49,8% a 18,8%. O ex-pre­sidente também derrotaria Bolso­naro, por 50,1% a 26,4%.

    A pesquisa CNT/MDA mostra que continua alta a desaprovação ao governo do presidente Michel Temer (MDB-SP) que é reprova­do por 89,6% dos entrevistados e tem apenas 2,7% de aprovação. O levantamento foi realizado en­tre os dias 15 e 18, com 2.002 en­trevistas. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

    TRANSFERÊNCIA DE VOTOS

    De acordo com análise feita pela CNT;MDA, caso o ex-pre­sidente Lula seja impedido de concorrer a presidente da Repú­blica, dos 37,3% que afirmam vo­tar nele na pergunta estimulada, 17,3% iriam para Fernando Ha­ddad, 11,9% para Marina Silva, 9,6% para Ciro Gomes, 6,2% para Jair Bolsonaro, 3,7% para Geral­do Alckmin, 0,8% para Guilher­me Boulos, 0,7% para Alvaro Dias, 0,7% para Henrique Meirelles, 0,5% para Vera; 0,3% para Cabo Daciolo, 0,3% para João Amoê­do, 0,1% para João Goulart Filho, 31,3% para branco/nulo e 16,6% se declaram indecisos

    VICE-PRESIDENTE

    Para 48,2% dos entrevistados a escolha do candidato a vice-pre­sidente da República é muito im­portante na hora de votar no can­didato a presidente; 23,8% avaliam que tem importância média. O restante considera que o nome do vice-presiden­te é pouco importante (11,2%) ou não tem qualquer importân­cia (14,0%) na defi­nição do voto.

    Pessimismo

    Os brasileiros não estão muito otimista em re­lação aos pró­ximos seis me­ses. Para 30,8% o emprego vai piorar, 19,9% avaliam que vai vai melhorar e 45,6% acredi­tam que vai ficar igual. Em rela­ção à renda mensal, ela vai vai au­mentar para 19,4%;; vai diminuir a opi­nião de 17,8% e vai ficar igual para 58,6%. So­bre a Saúde, a expectativa de 18,4% é que irá melhorar, para 18,4% vai pio­rar e 32,3%; vai ficar igual. Sobre a Educação, 46,1% prevêem melhoras, 19,4%; piora.

    INTERESSE

    De acordo com a pesquisa, 24,4% dos entrevistados se dizem muito in­teressados na eleição deste ano para presidente da República. Outros 24,7% tem médio interesse, além de 26,7% com pouco e 23,5% com nenhum interesse nas eleições.

    PROGRAMA ELEITORAL

    Segundo a CNT/MDA 18,1% pretendem acompanhar o progra­ma eleitoral todos os dias; 40,7%, de vez em quando; 40,4% não vão acompanhar e declaram não ter interesse nos programas eleito­rais. Os meios nos quais os entre­vistados mais buscam informa­ções sobre política são: televisão (63,7%); internet (28,7%); redes so­ciais (18,8%); amigos/boca a boca (9,4%); rádio (8,1%); jornal impres­so (6,8%); outros (0,8%). 10,3% dis­seram que não se informam.

    Um total de 24,6% dos entrevista­dos já realizaram buscas ou pesqui­sas sobre os candidatos a presiden­te da República na internet. 28,7% ainda não fizeram isso, mas pre­tendem buscar ou pesquisar infor­mações até o dia das eleições. 45,0% não realizaram buscas ou pesquisas e nem pretendem fazer isso.

    MÍDIA

    Os meios de informação que os entrevistados mais utilizam para formarem sua opinião sobre o Bra­sil são: televisão (67,2%); internet (30,8%); redes sociais (17,3%); amigos/boca a boca (8,8%); jornal impresso (7,7%); rádio (7,5%); outros (1,0%). 5,8% dos entre­vistados disseram que não se infor­mam.

    Os meios que poderão ter maior influência na decisão de voto dos entrevistados são: debate eleitoral (34,2%); programa eleitoral em te­levisão (20,4%); conversas com pes­soas conhecidas (8,7%); redes so­ciais (7,7%); reportagens veiculadas na mídia (5,9%); programa eleito­ral em rádio (1,5%). Para 19,5%, ne­nhum dos meios influencia.

    REDES SOCIAIS

    Umtotal de 64,1% dos entrevis­tados informou que não confiam nas informações sobre política e elei­ções que recebem nas redes sociais, e 43,1% dizem que costumam verifi­car a veracidade dessas informações.

    A maioria, 51,6%, afirma que não terão o voto influenciado pe­las informações sobre política que veem nas redes sociais. 24,1%, por sua vez, acreditam que essas in­formações poderão influenciar seu voto. 21,1% afirmam não uti­lizar as redes sociais.

    Dos entrevistados, 9,6% dizem que conhecem bastante sobre as opções de candidatos a presiden­te da República; 33,5% afirmam que conhecem mais ou menos. Os que afir­mam conhecer pouco (40,0%) ou nada (15,6%) so­mam 55,6%.

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