Politica

Presidente Trump, sempre grotesco

Diário da Manhã

Publicado em 6 de junho de 2017 às 02:14 | Atualizado há 8 anos

Como jornalista que aprecia a notícia próxima quanto às distantes dos confins da África ou da Ásia, e como cidadão que muitas vezes sente os seus reflexos, fica cada dia mais assustado com as manifestações grotescas do presidente Donald Trump. Logo o governante de uma nação que como o Brasil aceitou gente de todas as partes do mundo para colonizar o país. Um país que nos ensinou democracia, embora nem sempre a praticássemos.

O Brasil teve suas ditaduras: Vargas e militar. Os Estados Unidos costumam meter o bedelho noutras regiões. No Vietnã, depois de anos matando civis e fazendo experiências com bombas Napalm, suas tropas saíram corridas ante as forças vietcongs. Para retirar Sadam Hussein do poder vitalício do Iraque provocou a ira dos árabes e culminou por criar o terrorismo mundial.

Barack Obama, finalmente, soube apaziguar as nações sem dar um tiro, põe o país nos trilhos e na órbita ambiental, e Trump, eleito numa situação duvidosa em termos de espionagem, c asneira em nome da “sociedade” americana.

Na Coréia do Norte, Kim Jong-un comemora a série de lançamentos de foguetes como provocação ao Ocidente, capitaneado pelos Estados Unidos. Trump ameaça navegar sua armada em direção àquele país. Muda a direção dos navios de guerra para a Austrália. Mais um embuste, este ainda bem. Mas, que foi um embuste, foi.

A cantilena do muro sobre o México, uma nação pacífica por excelência. Uma nação amiga é tratada com menosprezo. Até com humilhação.

Agora, o Acordo de Paris é ignorado em nome do “progresso”. Se a população morrer sufocada pelos gases poluentes constituir progresso, prefiro viver como a população das cavernas. Claro é um exagero.

Mas, a questão ambiental deve ser respeitada. A natureza não pode nem deve ser afrontada com a poluição sem limites. Trump jamais deveria ignorar o tratado da capital francesa, firmado até pela China. E lembrar que a China, altamente poluidora do ar, sempre se mantivera recalcitrante.

Os Estados Unidos com essa decisão sobre as mudanças climáticas nivela-se a Nicarágua e Síria, os unidos países que não firmaram o acordo parisiense.

Ainda bem que nos States, três governadores, 30 prefeitos, 80 reitores universitários e executivos de mais de cem grandes empresas anunciaram que levarão à Organização das Nações Unidas um plano conjunto para que o seu país cumpra com as metas de redução de emissão de redução de emissões de carbono indicadas, embora Trump não o apóie.

Agora, leio em El País, editado em Madri, que Jeff Immelt, da gigantesca empresa GE, manifestou através do twiter que “ficou decepcionado com a decisão sobre o Acordo de Paris. A mudança climática é uma realidade. A indústria deve agora tomar a liderança e não depender do governo”. E, na China, Shi Zhiqin, pesquisador do Centro Carnegie-Tsinghua, prognosticou: “Se bem o governo de Pequim só pode expressar seu pesar pela ação de Trump. A China vai manter seus compromissos e cooperar com a Europa”.

Ainda bem que as lideranças internacionais, sobretudo iniciativas privadas e publicas dos Estados Unidos, Europa e China, estão passando ao largo da Casa Blanca, agora complementadas pelas autoridades regionais e locais, as empresas e à sociedade.

 

(Wandell Seixas, jornalista voltado para o agro, bacharel em Direito e Economia pela PUC Goiás. Fez curso de cooperativismo agropecuário em Tel Aviv, Israel, pela Histradut. É autor do livro O agro passa pelo Centro-Oeste)

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