Ronaldo promete recuperar a confiança do empresariado

Em meio ao turbilhão eco­nômico e político que vive o Brasil, e Goiás não passa ao largo, o senador Ronaldo Caiado foi sabatinado em reunião promo­vida com os candidatos ao governo goiano pela Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia), na noite de quarta-feira. O empresa­riado em Goiás quanto no Brasil está querendo conhecer as propos­tas dos candidatos aos postos má­ximos nos executivos. Assim, José Eliton também passou pelo crivo dos empresários em Anápolis, prin­cipal polo econômico do Estado e que sedia o Distrito Agroindustrial (Daia) e dispõe de um porto seco.

Para melhor conhecer as pro­postas de governo dos principais candidatos ao governo do Estado, o presidente da Associação Co­mercial e Industrial de Anápolis, Anastacios Apostolos Dagios, e diretoria estão realizando deba­tes com os governadoriáveis, de­putado federal, Daniel Vilela; o governador José Eliton e o sena­dor Ronaldo Caiado. O governa­dor e candidato José Eliton esteve presente na 47ª Reunião Ordiná­ria, realizada em 29. O candidato foi o segundo a receber das mãos do presidente Anastacios o docu­mento “Pacto por Anápolis”, com as principais reivindicações do empresariado anapolino.

A VEZ DE CAIADO

Com foco, estratégia, segurança jurídica, total transparência e firme­za no combate à corrupção, Goiás terá um novo modelo de governan­ça que vai recuperar a confiança do empresariado para investir no Esta­do. A perspectiva é do candidato ao governo pela coligação

Em pouco mais de uma hora de apresentação e respostas a questio­namentos, Ronaldo Caiado falou aos associados sobre a situação fis­cal do Estado e sobre como preten­de fazer com que as oportunidades de trabalho e de desenvolvimento regional sejam ampliadas. Ele ci­tou, por exemplo, que os incentivos fiscais irão obedecer a uma estraté­gia de governo muito bem definida.

“O governo precisa conceder os incentivos fiscais dentro de estraté­gia de governo. Não é estratégia pes­soal ou para atender interesses de A ou B. A transparência nesse proces­so é tudo”, lembrou. “Vamos manter tudo aquilo que está produzindo re­sultados positivos para o nosso Es­tado. Nossa principal meta é a bus­ca do pleno emprego. Nesse sentido os incentivos são instrumentos mui­to valiosos”, complementou.

No plano de governo do demo­crata, é feito o compromisso com a manutenção dos incentivos fis­cais em Goiás e o planejamento de ações a partir deste modelo com foco na geração de emprego e ren­da. De acordo com o senador, o mo­delo precisa estar voltado às regiões importantes de Goiás, como o En­torno do Distrito Federal, o Nordes­te e o Norte do Estado.

DESEQUILÍBRIO NAS FINANÇAS

Lembrou durante a sabatina que Goiás vive hoje um momento preo­cupante em relação às finanças es­taduais. E afirmou: “É importante que façamos um diagnóstico da si­tuação do Estado porque o goiano não aceita mais ser iludido. Não tem mais espaço para esta prática de ini­ciar obras durante e paralisá-las dois dias depois do segundo turno. Cal­cula-se que hoje Goiás tenha mais de 200 obras inacabadas com prejuí­zo de R$ 1,8 bilhões ao erário. Dife­rente do atual governo, não vou au­torizar obras que não consigo pagar”.

Ronaldo Caiado lembrou ainda que Goiás colocou como meta este ano reduzir a dívida estadual em R$ 984 milhões, mas só nos primeiros meses o déficit já havia chegado a R$ 226 milhões. “Goiás terá de con­tingenciar R$ 1,2 bilhão até o final do ano. Mas o governo não tem esse di­nheiro. Sabemos que ele não tem como honrar seus compromissos e nem cumprir o que a Constituição determina para a saúde e a educação. Goiás não repassa o mínimo consti­tucional para a saúde há quatro anos. Em qualquer lugar do País isso seria crime de responsabilidade fiscal e motivo para afastamento”, afirmou.

Para o candidato, Goiás pode sair dessa situação com um governo res­ponsável e comprometido com o ci­dadão. “Sabemos que Goiás é um Estado com altíssima potencialida­de. É rico, com potencial ímpar, de oportunidades, que do ponto de vis­ta logístico é perfeito e que tem todas as condições de ser motor de desen­volvimento do País. Não é ufanismo. O Sul e Sudeste já estagnaram. Ou nós vamos tomamos frente do pro­cesso ou o Mato Grosso vai”, alertou.

Segundo o senador goiano, este é hoje o maior desafio do Estado. “Como fazer com que Goiás assu­ma essa condição de motor do de­senvolvimento? É trabalhando para produzir mais e mais cabeças pen­santes, pesquisas, domíniodoconhe­cimento, união do Estado com o se­tor empresarial. Com esse tripé Goiás irá se desenvolver muito mais”, disse.

A expectativa de Ronaldo Caia­do é fazer com que o Estado seja referência no cenário nacional. “Goiás tem um potencial maior que a maioria dos Estados. Não estou sendo otimista, mas realista. Sen­do bem gerido ele será referência para o Brasil. Saberei fazer parcerias com os empresários com total trans­parência para que o resultado seja o melhor para o cidadão”, garantiu.

PROPOSTAS DE ELITON

José Eliton, sabatinado dia 29 úl­timo, falou da entrega do Centro de Convenções de Anápolis, Abrigo para Menores, Unidade Peniten­ciária, a conclusão da primeira eta­pa da pista do Aeroporto de Cargas, sobre a Plataforma Logística Mul­timodal contou que o processo de alienação de parte da área já foi ini­ciado. Sobre o Projeto do Polo de De­fesa de Anápolis, afirmou que se tra­ta de um projeto importantíssimo e que as pessoas não sabem a agre­gação de valor de mão de obra que o Polo de Defesa pode trazer para Anápolis e que o convênio assina­do entre UEG x ITA futuramente irá causar um grande impacto econô­mico para o município de Anápolis.

E para que o Polo se concretize estabeleceu uma política tributária que garanta a Anápolis ver esse so­nho virar realidade. Sobre a crise hí­drica pela qual passa Anápolis, José Eliton falou da transposição do Rio Capivari, que, segundo ele, foi à so­lução possível para o momento, mas que a solução definitiva se dará com o barramento que será feito com re­cursos disponibilizados no valor de R$ 169 milhões para a prefeitura, com o intuito de proporcionar segu­rança hídrica aos próximos 40 anos.