Politica

Seminário discute segurança em Goiás

Diário da Manhã

Publicado em 14 de abril de 2017 às 03:30 | Atualizado há 8 anos

Com o intuito de discutir, apresentar melhorias e os desafios das forças de segurança pública em Goiás e no Brasil, a Assembleia Legislativa promoveu na última semana um seminário sobre o tema, proposto pela deputada delegada Adriana Accorsi (PT). Para a deputada, os principais desafios da área são a não valorização dos profissionais que atuam com a segurança pública, além da falta de investimentos na estrutura física e de recursos humanos. “Hoje, devemos ter a metade dos policiais civis que nós precisamos. Isto faz com que o policial tenha que escolher qual o crime vai ter que investigar, o que é muito grave, pois se este não for solucionado, vai se propagar, com sensação de impunidade. Apenas crimes de repercussão são solucionados. Os policias querem investigar, mas com a quantidade de efetivo que temos isso é impossível”, problematizou.
Para o comandante do Departamento de Polícia da cidade de Eustis, na Flórida (EUA), Shane S. Mc. Sheehy – que foi um dos palestrantes do seminário – , não há um modelo de segurança pública melhor que o outro, mas é preciso entender as diferenças entre o Brasil e os Estados Unidos e como ambos os países lutam para garantir segurança. Shane, que também é instrutor do grupo policial especializado SWAT, ressaltou a estrutura de segurança utilizada na Flórida, que é o modelo de segurança em tempo real e teceu críticas à lentidão de tal modelo no Brasil. “O Centro de Crime em Tempo Real é caro e eficaz em qualquer lugar, tanto o dos Estados Unidos, quanto o do Brasil, e o de Goiás especificamente são bons. Porém, pelo que pude perceber, o sistema do Brasil é mais lento. Nos EUA, possuímos um banco de dados, por exemplo, onde ao pararmos um veículo podemos identificar prontamente se o motorista está na ilegalidade, facilitando então o processo”, explicou.
Outro ponto abordado pelo seminário foi o impacto de políticas públicas para integração entre os tipos de polícia, assim como a implantação do formato técnico acadêmico na formação do quadro Guarda Civil Municipal, onde os candidatos que entram para a Guarda passam por um curso de Educação à Distância (EAD) composto por 44 disciplinas e, ao final, têm de elaborar um Trabalho de Conclusão do Curso. Com isso há melhoria da percepção de ação prática dos órgãos de segurança, além do avanço da autoconfiança dos operadores de segurança pública municipais, como garantiu o melhoria da percepção de ação prática dos órgãos de Segurança; e avanço da autoconfiança dos operadores de Segurança Pública municipais.

Autoridades

O evento, que foi realizado em parceria com a Comissão de Segurança Pública da Assembleia e o Instituto Nacional de Educação, Pesquisa e Instrução em Segurança Pública, reuniu representantes do setor como o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás, Ricardo Brisolla Balestreri; o presidente da Agência da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia, inspetor José Eulálio Vieira; e o diretor executivo-chefe da United States Police Instructor Team (USPIT), Ibrahim Soares. Autoridades da Polícia Militar de Goiás, representantes que estudam o assunto e da comunidade também estiveram presentes.

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