Politica

“Terei diálogo permanente com os funcionários públicos”, diz Caiado

Redação

Publicado em 18 de setembro de 2018 às 00:18 | Atualizado há 6 anos

Em reunião realizada ontem pelo Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públi­cos de Goiás, o candidato ao governo Ronaldo Caiado (Democratas) fez o compromisso de estabelecer um diá­logo permanente com os servidores públicos estaduais, promover a va­lorização de todos, atuar com trans­parência total em todos os órgãos da administração pública e criar meca­nismos de forte combate à corrupção.

“Sou um homem que nunca as­sumiu um único cargo que não fos­se por concurso público. Me sinto à vontade para conversar com todos os servidores e quebrar preconcei­tos que muitas vezes são criados. Precisamos restituir na política em Goiás algo que é fundamental: a au­toridade moral do governante. A máquina pública não deve ser obje­to de poder pessoal, mas para aten­der o cidadão”, afirmou.

A fala do senador foi recebida com aplausos pelos representantes do Fórum, que congrega 45 entida­des dos Poderes Executivo, Legislati­vo e Judiciário, além dos Tribunais de Contas. Nos discursos, a maior recla­mação foi em relação à falta de diá­logo com o atual governo para as de­mandas das diversas categorias que compõem o funcionalismo público.

Para o presidente do Sindica­to dos Trabalhadores do Setor Pú­blico Agrícola de Goiás, Jeovano Xavier, o que os servidores mais esperam de um futuro governo é justamente o diálogo. “Foi algo que nunca tivemos com o atual go­verno. Tudo que fizeram foi goela abaixo, até planos de carreira. Ou se fizeram algo foi com interesses por trás. Esse governo que está aí é só enganação, não tem compromisso com os servidores”, testemunhou.

Presidente do Sintego, Bia de Lima afirmou que o Fórum busca dar voz única às causas dos servi­dores e apresentou uma plataforma política de compromissos dos can­didatos com os servidores. “Aqui es­tão pontos consensuais, como reali­zação de concursos públicos. Hoje, só na Educação, são mais de 22 mil contratos temporários”, lembrou.

A saúde também foi um tema exposto pelos servidores. A presi­dente do Sindisaúde, Flaviana Al­ves, garantiu que a saúde de Goiás piorou muito nos últimos 20 anos. “Vivemos um modelo privatizante que não faz bem à saúde. Não te­mos praticamente servidores pú­blicos no sistema de saúde; hoje mais de 80% não são. As empre­sas privadas assumiram a saúde. Nas organizações sociais há direto­res ganhando entre 30 e 40 mil por mês, segundo o Portal da Transpa­rência. Há seleção de pacientes, os graves não chegam até as OSs por­que não dão lucro”, denunciou.

A expectativa do presidente do Sindigestor, Eduardo Alves, é de que Ronaldo Caiado faça um go­verno diferenciado. “Vemos que o Estado está quebrado. Quem é o responsável? É o servidor público? Claro que não. É do governo atual, que não consegue lidar com a má­quina pública. Tenho certeza de que isso vai mudar e que os servi­dores vão ajudar Ronaldo Caiado a fazer o melhor governo que esse Estado já viu”, assegurou.

Questionado em alguns temas polêmicos, Ronaldo Caiado não fugiu ao debate e afirmou que as divergências são salutares e que o principal é que o diálogo e o respeito mútuo sejam estabelecidos. Ao lem­brar de sua formação como médico com mestrado, lembrou que é um entusiasta da qualificação dos pro­fessores e que se empenhará para que eles tenham esta condição.

Ronaldo Caiado também tran­quilizou os servidores quanto à apli­cação do dinheiro público,ao afir­mar que irá implantar o compliance público (um conjunto de ações que asseguram a transparência, a lega­lidade e as boas práticas na gestão pública) em todos os órgãos e au­tarquias estaduais. “Absolutamen­te nenhuma entidade ficará imu­ne. Não terá um real do governo que não seja transparente”, afiançou.

Ao final, o senador fez o com­promisso novamente de acolher sugestões e afirmou que cobra­rá dos servidores públicos apenas o cumprimento de regras e o re­sultado de seu trabalho. “Podem ter certeza de que se eu chegar ao governo será desvinculado de qualquer grupo ou tutela. O que vou buscar é o resultado para o cidadão e os servidores terão pa­pel fundamental nisso. Até porque ninguém governa sozinho. O que propomos não é mudar o gover­nante, mas o modelo de governar nosso Estado. É importante termos a compreensão que esse momen­to é um divisor de águas”, lembrou.

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