Politica

Vereadores devem votar pedidos de indiciamentos de Iris, Mrué e Vilela

Hélio Lemes da Silva Filho

Publicado em 18 de maio de 2018 às 01:47 | Atualizado há 4 semanas

A Comissão Especial de Inqué­rito (CEI) da Câmara Muni­cipal de Goiânia que analisa irregularidades na Saúde Pública da capital analisará, nesta sexta-feira, re­latório final elaborado pelo vereador Elias Vaz (PSB). Entre os pontos mais polêmicos estão os pedidos de indi­ciamento do prefeito Iris Rezende (MDB), da secretária de Saúde, Fáti­ma Mrué, e do secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela.

A CEI identificou irregularidades no pagamento de mestrado para funcionários da Secretaria Munici­pal de Saúde, sucateamento de frota do Samu, medicamentos vencidos, contratos relacionados a aparelhos de raio X, disponibilização de leitos de UTIs, entre outras.

Integrantes da base de Iris Rezen­de têm discutido o assunto para ten­tar a retirada do pedido de indicia­mento do prefeito. A argumentação é que o prefeito teria tomado as pro­vidências necessárias e encaminha­do informações relativas a irregulari­dadesaoMinistérioPúblicodeGoiás.

O relator da CEI, Elias Vaz, en­tende diferente, pelo fato de o pre­feito ter avalizado as ações da secre­tária Fátima Mrué, por exemplo, a questão do pagamento de mestra­do para servidores no Rio de Janei­ro. A CEI detectou que o proces­so não poderia ter sido autorizado pelo fato de os servidores seleciona­dos terem sido aprovados em con­curso para outra função.

Outra estratégia colocada no âm­bito da CEI é a tentativa de retirada do nome do secretário estadual de Saú­de, Leonardo Vilela. Nos bastidores, a missão para retirada do pedido de in­diciamento do prefeito Iris Rezende seria mais simples do que de Leonar­do Vilela. A maioria dos parlamenta­res tende a votar com o relator sobre a responsabilização à secretária de Saúde, Fátima Mrué, e os outros cita­dos como o ex-secretário de saúde da capital Fernando Machado.

Ao Portal Diário de Goiás, o verea­dor Paulo Daher (DEM) informou que é contra os pedidos de indicia­mentos dos secretários e do prefei­to Iris Rezende. Para ele, essa é uma missão do Ministério Público, caso entenda que seja pertinente.

RELATÓRIO PARALELO

Paulo Daher explicou que pre­tende fazer a apresentação de emendas ao relatório. O que na prática poderia ser considerado um novo relatório, porém de forma di­vidida, já que a análise na reunião desta sexta-feira será por 12 itens e não de uma forma global. De acor­do com Elias Vaz são sub-relató­rios que compõem o relatório. Paulo Daher disse que alguns pontos não foram destacados no relatório de Elias Vaz. Daher entende, por exem­plo, que o Estado não teria aplicado o mínimo constitucional na área da Saúde Pública, na ordem de 12% do orçamento, o que segundo ele refle­tiu de forma negativa na prestação do serviço de saúde em Goiânia.

“O relatório elaborado é muito complexo, muito amplo. O vereador Elias atendeu as nossas expectativas, mashápontosqueaindaprecisariam ter sido citados no relatório. A Saúde é tripartite. O governo estadual pecou em alguns pontos. O ex-governador (Marconi Perillo) não aplicou o míni­mo constitucional e isso refletiu em Goiânia. Levantei essa questão com dados, dados do TCM, inclusive e no meu relatório irá constar. Vou apre­sentar uma emenda para que isso conste no relatório”, afirmou Daher.

PEDIDO DE VISTA

Não está descartado um pedido de vista na manhã desta sexta-feira. Tanto a base quanto a oposição tra­balham com esta hipótese. Elias Vaz disse que não seria contra pelo fato de ainda estar no período regimen­tal. Porém, ele alerta para que o pe­dido de vista não ultrapasse o prazo de encerramento da CEI da Saúde, que é a próxima segunda-feira (21).

“Isso é regimental, o que não pode é passar de segunda-feira. Se a maioria aprovar não tem o que se discutir. Mas espero que amanhã a gente coloque um ponto final. Mas não basta apontar os problemas e isso é consenso na CEI de que a gen­te procure ajudar na resolução dos problemas”, declarou Elias Vaz.

Caso seja confirmado o pedido de vista, a votação do relatório pode ser adiada, ficando para a próxima se­gunda-feira.

IMPEACHMENT

Após a apresentação do relatório naComissãoEspecialdeInquéritohá ainda a possibilidade de que seja fei­ta uma representação contra o prefei­to Iris Rezende na Câmara, o que na prática seria um pedido de impea­chment do gestor. A bandeira é de­fendida por Elias Vaz e Kajuru (PRP).

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