Violência no Brasil supera, hoje, Guerra na Síria e Oriente Médio
Diário da Manhã
Publicado em 5 de setembro de 2018 às 02:45 | Atualizado há 6 anos
O número de mortos, no Brasil, em 2017, atingiu 63 mil. Dados da Organização das Nações Unidas. A ONU. Levantamento estatístico oficial aponta que o País, nos últimos 11 anos, registrou 553 mil óbitos. Maior do que a Guerra na Síria. Não custa lembrar: a Síria é ocupada, hoje, por EUA, Israel e Turquia, invadida pelo Estado Islâmico e a Al Nuzra, uma dissidência do EI. As mortes em 2016 totalizaram 62.517. Um registro do Atlas da Violência do ano de 2018. A taxa de homicídios no maior País da América do Sul corresponde a 30 vezes mais do que a da Europa. Mais de 21 mil assassinatos ocorridos entre os meses de janeiro a maio deste ano. Triste.
A homofobia mata uma pessoa a cada 25 horas, no Brasil. Violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros. A Região Norte apresenta os maiores índices. A homofobia teria deixado nada mais nada menos do que 445 mortos, apenas no ano de 2017. Indicadores alarmantes. Em pleno século 21. O Brasil seria, hoje, entre os cinco continentes do Planeta, o País que mais mata LGBTs no mundo. Percentual inaceitável para o exercício da cidadania. Já o número de mulheres vítimas de homicídios pulou de 4.245, em 2016, para 4.539, em 2017. Um aumento de 6,1%. Como anota o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
A Organização Social Visão Mundial informa que o Brasil lidera o ranking de violência contra as crianças e os adolescentes. Na América Latina. Com base em um estudo comparativo. Entre 13 países. As formas de violência mais comuns constituem o abuso físico e psicológico, trabalho infantil, casamento precoce, ameaça online. Assim como a violência sexual. México e Peru aparecem em segunda e terceira posições, constata o estudo. A Secretaria Especial de Direitos Humanos do Governo Federal teria identificado, em 2017, no Brasil, 33 mil denúncias de agressões e de violações dos direitos dos idosos. Uma Terceira Idade sem proteção e direitos.
O Racismo, uma das marcas do escravismo colonial, da Casa Grande & Senzala, mantida pela cultura patrimonialista, uma extensão dos vícios da vida privada na arena pública, mostra que a população negra é mais atingida pela fome, miséria social, desemprego, desalento, violência nas periferias e falta de representatividade política e social. De cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71% são negras. É o que traz o Atlas da Violência. O número de presos por tráfico de drogas cresceu 508% em 12 anos. Os tráficos de drogas e armas giram a roda da criminalidade no País. “Um cenário desolador, trágico, uma chaga social que precisa mudar, acabar no País.”
PLATAFORMA
É o que afirma Marconi Perillo [PSDB], o ex-governador do Estado de Goiás, por quatro mandatos, ex-senador da República, ex-deputado federal e candidato à Câmara Alta ou Revisora do Congresso Nacional. As eleições ocorrerão em 7 de outubro de 2018. É de sua autoria a proposta de criação de um Plano Nacional de Segurança Pública. Com a ampliação dos investimentos na área, a celebração de um pacto entre União e Estados, elevação da vigilância nas fronteiras, mudanças na Legislação Penal, integração, desenvolvimento de tecnologia de ponta – de última geração – e até aproveitamento de reservistas para o combate.
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